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A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, criticou nesta terça-feira (21) o que classificou como "voto de gratidão", que associou a uma "velha tradição" no país.

"Nessas eleições o projeto político com o qual estou identificada está quebrando a velha tradição do voto por gratidão", disse Marina, após visitar instalações da 29ª Bienal de São Paulo, que será aberta ao público neste sábado (25), na capital paulista.

Sem citar adversários, a candidata defendeu que o eleitor pratique o "voto cidadão" e prometeu manter avanços já conquistados por governos anteriores. "A nossa candidatura vai manter as conquistas, trabalhar para reparar os erros e enfrentar novos desafios."

Marina procurou demonstrar otimismo sobre sua performance no pleito de 3 de outubro, apontando a existência de uma "onda verde" no país. Também sugeriu que pesquisas eleitorais possam não refletir plenamente as preferências do eleitorado.

"O que está nas ruas é maior do que o que está nas pesquisas. Agora o que está nas ruas vai começar a aparecer nas pesquisas", disse.

Terceira colocada nas pesquisas, a candidata desconversou quando questionada se deveria dedicar-se a conquistar eleitores de José Serra (PSDB), que tem aparecido em segundo lugar nos levantamentos. Disse que "voto não pertence a nenhum candidato".

A candidata também evitou responder sobre possível motivação eleitoral em dois casos de invasão a sedes do PV registradas no país no último final de semana. O comitê de Marina em Rio Branco (AC) e a sede do PV em São Paulo foram furtadas. Afirmou que os casos foram repassados à Polícia Federal para apuração.

Estratégia na reta final

O coordenador da campanha de Marina, João Paulo Capobianco, afirmou que Marina deverá concentrar atividades da reta final da disputa nas regiões Sul e Sudeste, em esforço para impulsionar a votação em candidatos da sigla ao Legislativo.

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