Os candidatos do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e do PT, José Serra, responsabilizaram os partidos de cada um pelos fracassos do combate às drogas no Brasil, durante debate patrocinado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na noite desta quinta-feira (23), em Brasília.

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Dilma afirmou que no governo de Fernando Henrique Cardoso a "exclusão, desigualdade e desemprego" comprometeram a família, o que o teria levado as pessoas para o caminho das drogas. Serra respondeu que no governo atual se não fossem as comunidades terapêuticas nada teria sido feito pelos envolvidos com drogas como crack, porque o governo federal não tem programa para isso.

O debate começou com vinte minutos de atraso, por responsabilidade dos candidatos. O mais aplaudido dos candidatos foi Marina Silva. Dilma também recebeu aplausos, assim como Plínio. Serra não causou nenhum entusiasmo ao entrar no auditório da Universidade Católica, na cidade-satélite de Taguatinga, onde foi realizado o debate.

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Marina Silva disse claramente que é contrária ao aborto, proposta defendida por seu partido, o PV. Disse que é a favor da realização de um plebiscito sobre o assunto. Dilma Rousseff disse que é contrária ao aborto e que, se eleita presidente, protegerá as mulheres que usam métodos bárbaros para a contracepção. Nesse sentido, segundo ela, o aborto é uma questão de saúde pública.

Na entrada do auditório onde foi realizado o debate, um grupo de cristãos católicos e evangélicos estendeu uma faixa com a inscrição "Dilma anticristo, nós cristãos não matamos". Segundo as 15 pessoas que comandaram o protesto, Dilma seria a favor do aborto.