O Partido Verde decidiu neste domingo ficar neutro no segundo turno da eleição presidencial, como desejava a senadora Marina Silva (AC), ex-presidenciável que ficou em terceiro lugar na disputa.
Pelas regras do partido, que tomou a decisão em convenção, os filiados têm a opção de apoio a um dos candidatos, mas não podem se utilizar de símbolos da legenda em manifestações públicas.
"O fato de não ter optado por um alinhamento não significa neutralidade. Essa independência é a melhor maneira de contribuir com o povo brasileiro", disse Marina sobre sua decisão pessoal pouco antes do anúncio do partido.
Participaram da reunião a executiva do partido e integrantes da sociedade civil vinculados à candidatura da senadora.
Marina, que foi do PT por 23 anos, obteve 19 por cento dos votos válidos no primeiro turno da eleição presidencial em 3 de outubro, contribuindo para levar a disputa para o segundo turno. Ela vinha afirmando que as propostas dos candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) são muito semelhantes e que sua candidatura buscava uma terceira via.
"Os votos que me foram dados refletem o sentimento de superação de um modelo", afirmou Marina em carta aberta dirigida a Dilma e Serra na convenção do PV.
Entre os verdes que não ficarão neutros está o deputado Fernando Gabeira, que declarou apoio a Serra, e o deputado Zequinha Sarney, filho do senador José Sarney (PMDB-AP), que ficará ao lado de Dilma.
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