Marina Silva se manteve estável nos 10% e continua em terceiro lugar| Foto: Vanderlei Almeida / AFP

Belo Horizonte - A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, criticou ontem a relação de proximidade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com regimes autoritários como Cuba e o Irã. Mesmo sem condenar por completo a política externa do atual governo, Marina disse que o Brasil perdeu a oportunidade de reafirmar nas relações internacionais seus princípios democráticos ao dar voz ao presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad ou não condenar as prisões políticas em Cuba. A candidata disse que se eleita não dará "audiência" para ditadores.

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"Temos de tratar a política externa a partir de princípios e valores", disse, citando a democracia, a defesa dos direitos humanos e a defesa da adversidade." Segundo a candidata, esse princípio vai orientar sua política externa, independentemente de alinhamentos políticos. "Não é pelo fato de termos proximidade ideológica que vamos relativizar esses valores. Também não vamos dar audiência para os ditadores que não respeitam a vida, que não respeitam os direitos humanos e não respeitam a democracia. Dialogar sempre, mas fortalecer essa cultura política jamais", disse.

Marina, contudo, destacou que não considera a atual política externa "como se fosse toda ela equivocada". "Mas nessa questão da defesa dos direitos humanos eu acho que tivemos equívocos que, inclusive, estamos pagando por isso ainda", reiterou.

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Durante encontro com jo­­­vens apoiadores em Belo Horizonte, a candidata de­­­monstrou contrariedade com a proposta do candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, que defendeu a extinção do Senado argumentando que a instituição "não serve para nada, a não ser para manter oligarquias". De acordo com a senadora licenciada, o Congresso fortalecido é fundamental para a preservação da democracia.

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