A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, criticou no domingo (22) a propaganda do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as eleições deste ano, na qual um boneco do sexo masculino recebe a faixa de presidente.
Segundo ela, o TSE deveria mostrar também duas bonequinhas, "uma magrinha e negra", outra "fortinha e branca", numa referência a ela própria e à candidata Dilma Rousseff (PT). "Vamos fazer a distribuição adequada da propaganda do TSE, que está bom no conteúdo, porém a mensagem subliminar, empossando um homem, não está boa", disse Marina, após visitar Guariba, no interior de São Paulo.
Marina afirmou, durante uma palestra que fez pela manhã, que o eleitor deveria manter um "Silva" na Presidência da República, "mas que desta vez seja uma mulher", referindo-se ao fato de ela e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terem o mesmo sobrenome. "Eu não posso mudar meu sobrenome, pois eu nasci Silva e o povo perdeu o medo dos Silvas", disse. Sem citar o presidente, a candidata afirmou que não fará o "uso oportunista da figura de quem quer que seja", numa referência indireta ao fato do candidato do PSDB, José Serra, aparecer ao lado de Lula na propagada eleitoral veiculada na televisão.
A candidata do PV disse ainda que segue "animada e feliz", mesmo com o ritmo intenso de campanha e com o resultado das pesquisas eleitorais que apontam uma estabilidade de seu nome em torno dos 10% da preferência do eleitorado. "Eu não vou desanimar pelo que as pesquisas estão dizendo, porque o que as ruas estão dizendo é muito animador", concluiu.
Marina chegou a Guariba (SP) pela manhã e visitou uma feira da qual participam alguns produtores de assentamentos rurais. Na feira Marina se irritou ao ser confundida por um vendedor com sua adversária Dilma Rousseff. "Eu não sou a Dilma", respondeu a candidata do PV. Na caminhada, Marina elogiou a alface de uma barraca e comprou beterraba em outra. Antes de deixar o local, ainda teve tempo de descascar uma espiga de milho. "Já fiz muito isso na vida", revelou.
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