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Ao visitar no final da manhã desta terça-feira (17) uma favela localizada em área de proteção de manancial na divisa das cidades de São Paulo e Diadema, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, criticou a falta de políticas públicas no país voltadas para o saneamento. A presidenciável caminhou pelas ruas da Favela Jardim Mata Virgem, que tem esgoto correndo a céu aberto.

"Aqui no Brasil infelizmente ainda temos 80% da população sem acesso a esgoto tratado. A mesma coisa que eu vi na Favela do Coque, em Pernambuco, que é um estado pobre, eu vejo no estado mais rico da federação. Isso só tem um nome: falta de políticas públicas para atender essas comunidades e para atender a proteção necessária ao meio ambiente", disse.

Um dos seus principais adversários na disputa eleitoral, o tucano José Serra, governou o estado de São Paulo até março deste ano.

Ao ser perguntada se as famílias deveriam ser retiradas do local ou se a favela teria que ser urbanizada, Marina disse que é necessário fazer um estudo para saber qual a melhor solução.

"É fundamental que tenha uma avaliação. A população merece um lugar digno e as nascentes e mananciais devem ser protegidos. A gente não pode negligenciar uma coisa em detrimento da outra. As duas coisas têm que se igualmente tratadas como prioridade", frisou.

A candidata citou também risco de colapso no abastecimento de água em São Paulo por causa da ocupação irregular de regiões de proteção de manancial. Também defendeu a necessidade investimento de R$ 20 bilhões por ano em uma década para solucionar a questão do saneamento no país.

Durante a visita, Marina foi abordada pelo morador Jorge Luiz Ferreira da Silva, de 47 anos, que mostrou para a presidenciável os locais em que o esgoto ameaça moradias da favela.

"Todos querem ganhar voto. Só somos lembrados em tempo de eleição", afirmou.

Marina disse que a sua visita ao local não era apenas política e tinha o objetivo de destacar o problema da falta de saneamento.

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