Um novo "Plano de Desenvolvimento Nacional", preparado pelo Fórum Nacional e pela Cúpula Empresarial, foi entregue nesta quinta-feira (12), no Rio de Janeiro aos quatro candidatos presidenciais, propondo medidas que visam a transformar o Brasil em país desenvolvido nas próximas duas ou três décadas.

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O ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, que preside o Fórum, disse que chegar a tal ponto é necessário uma grande transformação, inclusive de mentalidade. Para ele, o Brasil tem caminhado muito bem "mas está se contentando com pouco".

"Quando temos crescimento de 5% ao ano, achamos muito bom...", afirmou.

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Apenas dois candidatos compareceram: Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). Dilma Rousseff (PT) foi representada pelo seu companheiro de chapa, Michel Temer (PMDB). Ausente, José Serra (PSDB) não enviou ninguém em seu lugar.

Marina elogiou a iniciativa de Reis Velloso e do grande grupo de líderes de grandes empresas brasileiras, mas lembrou que para o país deslanchar será preciso vencer o analfabetismo que, segundo disse, ainda atinge 15 milhões de brasileiros. Além disso, ela disse que é preciso que o desenvolvimento se dê de forma equilibrada:

"Tem que haver uma visão generosa: nenhuma resposta (aos problemas do país) será exclusiva. Tem que haver co-autoria, tem que haver um processo democrático. Temos de ter, também, um estado capaz de mobilizar o melhor da sociedade. As estruturas devem ser flexíveis, para que possam receber o melhor dos empresários, da academia, da política. Precisamos, ainda, sair do modelo de desenvolvimento predatório e entrar no desenvolvimento sustentável", afirmou a candidata presidencial.

Por sua vez, Plínio de Arruda Sampaio basicamente mencionou várias das plataformas de sua campanha eleitoral. E afirmou que, para o Brasil realmente se desenvolver, deveria se livrar do Senado - extinguindo-o.

"Com todo o respeito, senadores não servem para nada, a não ser manter as oligarquias, no estilo do Sarney", disse, referindo-se ao presidente do Senado, José Sarney.

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Temer destacou que a maioria das idéias propostas agora pelo Fórum Nacional e pela Cúpula Empresarial já estava prevista na própria Constituição brasileira há décadas. O problema, disse ele, é que só recentemente a teoria vem se concretizando na prática.

"O Brasil formal e o Brasil real não coincidem. Mas este governo criou uma mobilidade social muito grande. Quem passa para as classes C e B passa a reivindicar. E esse é um avanço que tem feito coincidir o Brasil real com o formal", afirmou o candidato a vice-presidente da chapa de Dilma Rousseff.

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