Num debate quase sem nenhum confronto entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), a candidata do PV, Marina Silva, assumiu o papel de algoz no evento promovido pela Rede Record, neste domingo, optando por fazer críticas ao tucano, na briga pelo segundo turno. Marina também não poupou a petista, questionando-a sobre escândalos na Casa Civil.
Marina atacou Serra em pelo menos dois momentos. No primeiro, afirmou que o DEM, partido coligado ao PSDB, foi contra o Bolsa-Família e que o tucano, em São Paulo, promoveu cortes de programas sociais. Em seguida, a candidata do PV confrontou o tucano sobre a política de terceirização de funcionários públicos e criticou a gestão dele como ministro do Planejamento no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
As recentes denúncias que envolvem a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, que foi braço direito de Dilma no governo, e o caso de violação de sigilo fiscal na Receita Federal foram abordados no debate, tendo a petista como alvo central de questionamentos. "Ninguém está acima de qualquer suspeita. O que é importante é que não se deixe nada sem apurar", afirmou Dilma.
A candidata do PT afirmou que se as investigações não tiverem sido concluídas até as eleições, ela dará prosseguimento a elas, se eleita. "Asseguro que eu vou investigá-los até o fim." Afirmou ainda que partidos e instituições não estão livres de pessoas com problemas de conduta. "Tenho certeza de que no meu período na Casa Civil não houve nenhum escândalo de corrupção de que eu tenha tomado conhecimento", reagiu, encurralada por Marina.
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