A mídia europeia reduziu o espaço dado à cobertura da eleição presidencial no Brasil nesta reta final. Hoje, quando os brasileiros em todo o mundo vão às urnas para escolher o próximo presidente do País, os jornais europeus não dão o mesmo destaque ao tema, como aconteceu na votação do primeiro turno. As publicações que tratam do assunto mostram a vantagem da candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT), nas pesquisas.
No site do "Financial Times", o blog do correspondente Jonathan Wheatley diz que os levantamentos do Ibope e do Datafolha mostram a petista rumo à sucessão de seu "mentor", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com vantagem de 10 pontos sobre o adversário José Serra (PSDB). Durante a semana, o jornal britânico indicou em editorial seu apoio ao candidato do PSDB, considerado a "melhor opção para o Brasil", assim como fez a revista "The Economist".
Hoje, é o espanhol "El País" que dedica o maior espaço para as eleições. O jornal diz que a política brasileira inicia um novo ciclo sem Lula. Apesar da vantagem de Dilma nas pesquisas, a publicação afirma que os brasileiros "se despedem, de alguma forma, de Luiz Inácio Lula da Silva, o político mais querido e admirado de sua história".
Para o "El País", o fim do mandato do atual presidente trará ao menos uma consequência positiva. "A oposição voltará a atuar, compacta e forte, livre de complexos, disposta a lutar para conseguir dentro de quatro anos uma alternância de poder", diz o jornal, argumentando que a oposição poderá impedir que a hegemonia do PT acabe criando um equivalente ao PRI mexicano.
Outros jornais que deram destaque para a corrida presidencial brasileira no dia da votação do primeiro turno hoje já não tratam do assunto. No dia 3 de outubro, o tema era manchete do site do francês "Le Monde", enquanto o "The Observer" trazia artigo assinado por correspondente no Rio de Janeiro.
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