O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, abriu hoje a sua propaganda no horário eleitoral gratuito questionando os últimos escândalos envolvendo tráfico de influência na Casa Civil. "Mais uma vez é aquela história 'Não vi nada, não sei de nada'", criticou. O tucano disse que é preciso refletir sobre os episódios de corrupção e afirmou que o problema da política atual está no caráter. "Se isso vale para as pessoas, vale para o país. É isso que eu defendo."
Na tentativa de se aproximar do eleitor mais humilde, a campanha questionou também a política de juros, na qual o governo acaba "pagando mais para os mais ricos" quando "poderia" reajustar, com esse recurso, o salário mínimo nacional para R$ 600. "Quero assumir um compromisso: como presidente, quero reajustar o benefício em 10%", prometeu o candidato, num discurso direto aos aposentados, os quais, segundo Serra, foram tratados com respeito quando ele foi ministro da Saúde.
O programa mostrou a trajetória humilde do candidato, projetos e ressaltou que Serra é "o homem que conhece melhor o Brasil, melhor do que Dilma". Além do reajuste no salário mínimo, Serra propôs a ampliação do programa Bolsa-Família. No fim, a campanha exibiu imagens do lançamento da candidatura do tucano, em que ele se emociona ao declamar trechos do Hino Nacional.
A candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, abriu o programa apresentando os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram o crescimento econômico e seu reflexo na sociedade brasileira. "O resultado prova: a vida do brasileiro melhorou", disse Dilma, ao comparar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o do antecessor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A campanha petista listou números que apontam para o aumento do consumo das famílias, a abrangência do fornecimento de energia elétrica e água encanada. "Temos agora a obrigação e o dever de avançar mais", disse a petista, que se apresentou como a candidata que esteve ao lado de Lula e, portanto, "sabe o que precisa ser feito" e "sabe como fazer".
O programa do PT apresentou aos eleitores as metas de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 e mostrou o depoimento de um casal dekassegui que morou por dez anos no Japão e voltou porque a situação econômica melhorou no Brasil. "Temos recursos para seguir crescendo. É hora de acelerar e seguir em frente, para oferecer uma vida melhor para todos os brasileiros."
Em pouco mais de um minuto, a presidenciável Marina Silva (PV) mostrou a sua trajetória política e se apresentou ao eleitor como a "responsável" pelas políticas que derrubaram o desmatamento no país. A candidata não deixou de mencionar o motivo de sua saída do Ministério do Meio Ambiente. "Preferi sair e manter minha coerência", afirmou.Propostas
Enquanto o candidato do PSDC, José Maria Eymael, defendeu a criação de um Ministério da Família para preservar a comunidade e a educação, Levy Fidelix (PRTB) disse que a eleição deste ano será um marco porque obrigará o próximo governante a implementar a reforma tributária.
O PSOL de Plínio Sampaio pediu votos para que o partido continue sendo "o contraponto" da política brasileira. O PSTU de Zé Maria o PCB de Ivan Pinheiro e o PCO de Rui Costa Pimenta convidaram os eleitores a acompanhar hoje, às 21 horas, o debate dos candidatos de esquerda à Presidência.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura