“Se você for investigar todas as pessoas que têm atestado de idoneidade em todos os partidos você não faz coligação nenhuma”, Beto Richa, candidado do PSDB ao governo paranaense| Foto: Priscila Forone / Gazeta do Povo

Tucano afirma que foi procurado pelo PDT; Osmar Dias nega

O candidato Beto Richa voltou a afirmar ontem que Osmar Dias o procurou para compor uma aliança. Ontem, durante a sabatina Folha/UOL, Richa mostrou uma carta de 17 de junho, que teria sido assinada pelo pedetista. Segundo o tucano, Osmar pedia autorização da direção nacional de seu partido, o PDT, para formar uma coligação com o PSDB no Paraná, e concorrer à reeleição ao Senado. A vaga foi ocupada por Gustavo Fruet (PSDB), de acordo com Richa. "Quem mente precisa ter boa memória", afirmou. Para o ex-prefeito, as críticas do rival são sinais de "desespero".

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"Não sou boneco de ventríloquo"

O tucano Beto Richa negou ontem que esteja escondendo o candidato que apoia à Presidência, José Serra (PSDB). Durante a sabatina Folha/UOL, Richa disse que por onde vai pede votos para Serra e que o candidato a presidente tem aparecido nos seus programas eleitorais.

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Beto Richa, candidato ao governo do Paraná pelo PSDB, disse ontem que é contra o uso de recursos não contabilizados oficialmente e criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em 2005 afirmou que o caixa 2 do PT era algo "que é feito no Brasil sistematicamente". As afirmações do tucano foram feitas durante a sabatina que o jornal Folha de S.Paulo e o portal UOL promoveram em Curitiba com os dois principais candidatos ao governo do estado. Apesar das críticas, o ex-prefeito de Curitiba foi indagado sobre três escândalos envolvendo aliados da sua coligação, formada por 14 partidos.

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Richa se defendeu afirmando que não tem compromisso com o erro e que a Justiça irá se encarregar de esclarecer os fatos. "Se você for investigar todas as pessoas que têm atestado de idoneidade em todos os partidos você não faz coligação nenhuma."

O primeiro escândalo debatido por jornalistas e pela plateia ontem foram as gravações feitas por Alexandre Gardolinski no Comitê Lealdade, que apoiava Richa na campanha para a prefeitura de Curitiba em 2008. Nas gravações, candidatos do PRTB desistentes apareciam recebendo dinheiro.

A investigação do caso foi suspensa a pedido do PSDB. Questio­­­nado sobre o motivo, Richa fez mistério: "Pedi para ser investigado na Procuradoria Federal e aqui, junto ao TRE, venci por unanimidade uma votação. Depois voltou de novo para votação e nós estranhamos algumas coisas que existiram naquele momento, que não posso dizer aqui publicamente, e pedimos a suspensão até para que não houvesse exploração indevida daquele fato." Richa disse que afastou os envolvidos na sua gestão.

O ex-prefeito também falou sobre o escândalo dos Diários Secretos, de contratação de funcionários fantasmas e desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa, denunciados pela Gazeta do Povo e pela RPC TV. O presidente da Casa, Nelson Justus (DEM), apoia o tucano. Richa disse que a Justiça irá decidir o caso. "Agora vou ficar escolhendo quem vota em mim? Por favor, isso não existe", disse o tucano.

Para ele, a Justiça irá se encarregar de esclarecer todos os fatos. O opositor Osmar Dias (PDT), que foi sabatinado na última quarta-feira, defende o afastamento da Mesa Diretora da Assembleia, especialmente os responsáveis pela gerência e autoria das despesas da Casa.

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Prisão

Outro assunto tratado na sabatina de ontem foi a prisão de Denilson Pires, suspeito de chefiar um esquema de desvio de recursos do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba (Sindimoc), entidade que ele preside. Denilson é vereador de Curitiba eleito pelo DEM, legenda que integra a coligação de Richa. O tucano disse que a prisão não atrapalha a sua campanha. "Não tenho envolvimento com Denilson", disse.

Semelhanças e divergências

Assim como Osmar Dias, Richa se comprometeu a coibir invasões de terra. "Movimentos aparelhados politicamente para criar o caos e a confusão isso não podemos permitir mais", disse o ex-prefeito. O posicionamento dos dois também é semelhante em relação ao pedágio: pretendem despolitizar o assunto, conversar com concessionárias e abaixar a tarifa. Também concordam que os presos que hoje estão nas delegacias devem ser removidos para unidades prisionais e que é necessária uma atenção especial ao combate às drogas.

Com relação ao transporte, Richa disse que defende o metrô em Curitiba. Explicou que foi encerrado o projeto básico e que as obras devem começar em 2011.

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