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A oposição ao governo federal prepara uma ação contra a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, por crime eleitoral após a divulgação de que mais três pessoas ligadas ao candidato do PSDB ao Planalto, José Serra, tiveram seus sigilos fiscais violados.

PSDB, DEM e PPS processarão Dilma sob a alegação de que os dados fiscais seriam usados em dossiês para atingir a candidatura tucana. "O que nós temos claramente é um vínculo entre a candidatura Dilma, esse 'grupo de inteligência' que está nos jornais, e esses vazamentos em série", disse o deputado Raul Jungmann (PPS-PE). "Se trata de mostrar esses vínculos e responsabilizá-la [Dilma] por crime eleitoral."

Os principais jornais do país publicaram nesta quinta-feira (26) que mais três pessoas ligadas a Serra e ao PSDB tiveram seus dados fiscais violados. As informações fiscais do vice-presidente da legenda, Eduardo Jorge Caldas Pereira, já haviam sido acessadas ilegalmente em uma unidade da Receita Federal em Mauá, região metropolitana de São Paulo.

Além de Eduardo Jorge, também tiveram seus dados violados o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, o ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregorio Marin Preciado, que é casado com uma prima de Serra. As violações ocorreram em outubro do ano passado.

As informações fiscais de Eduardo Jorge teriam sido usadas na elaboração de um dossiê por pessoas ligadas à então pré-campanha de Dilma à Presidência. A petista nega as acusações.

Jungmann, candidato a senador por Pernambuco, viajou a Brasília nesta quinta e deve se reunir com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, para pedir agilidade nas investigações sobre as violações na Receita.

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