O líder em exercício do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), criticou a iniciativa do PT de pedir ao Ministério Público Federal (MPF) a investigação das denúncias contra Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), empresa do governo paulista. "Quando acontece assim, no momento eleitoral, deve ser recebido com suspeição. Fica feio fazerem isso no auge da decisão eleitoral", disse.
Para Dias, se os petistas possuíam indícios de desvio de recursos federais nas obras do Rodoanel e da Companhia do Metropolitano (Metrô) - as principais da gestão de José Serra (PSDB) à frente do governo de São Paulo -, deveriam ter recorrido antes ao Ministério Público. Nesta hipótese, acrescentou o líder tucano, a omissão dos petistas "configura crime de prevaricação".
O líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), e o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), protocolaram na tarde de hoje representação ao MPF em que pedem a abertura de investigação de José Serra e Paulo Vieira de Souza pelos supostos crimes de improbidade administrativa, tráfico de influência e desvio de dinheiro público.
Segundo a acusação, levantamento obtido com o Tribunal de Contas da União (TCU) pela bancada do PT paulista apontaria indícios de desvio de recursos do governo federal nas obras do Rodoanel e do Metrô. Diretor da Dersa, Paulo Preto era um dos administradores das obras.
O PT paulista requereu a mesma investigação ao Ministério Público de São Paulo. Mas os líderes da bancada federal alegam que, diante dos indícios de envolvimento de recursos federais nos supostos desvios, decidiram recorrer também ao Ministério Público da União.
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