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Dilma: tudo para ir para a galera no primeiro turno. | Ricardo Stuckert Filho / AE
Dilma: tudo para ir para a galera no primeiro turno.| Foto: Ricardo Stuckert Filho / AE

Salvador e Brasília - A candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, e o próprio Partido dos Trabalhadores buscaram ontem tentar se dissociar da acusação de tucanos de que a quebra dos sigilos estaria vinculado à cúpula da legenda e estaria ligada à eleição. E a estratégia da candidata e do partido foi partir para o ataque, tentando desqualificar a de­­­núncia e ameaçando processar o candidato do PSDB à Pre­­­sidência, José Serra.

Dilma, em visita a Salvador, tentou desqualificar as acusações de que ela e o PT teriam sido responsáveis pelo vazamento de dados fiscais de quatro tucanos. "Uma acusação sistemática que ele [José Serra] tem feito sem provas, o que demonstra desespero", disse ela.

De acordo com Dilma, a informação é requentada. "Não é possível que se utilizem novamente de um expediente, sem provas, para fazer factoides e acessar minha campanha". A candidata disse ainda que o PT considera que o tucano estaria cometendo um crime contra a honra. "Nós consideramos que é uma calúnia feita contra nós, que Serra vem fazendo sistematicamente".

A candidata Dilma pediu ainda providências à Polícia Federal para que investiguem por que essas informações vazaram da Receita. "Se eram sigilosas, como é que apareceram nos jornais? Toda essa história nos causa muita estranheza. Quando os dados da Petrobras vazaram, no passado, o PT não acusou o PSDB de ter promovido vazamento. Nós po­­­díamos ter feito isso, mas nós não somos desse tipo" finalizou.

Ação contra Serra

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, anunciou ontem que a legenda vai entrar com uma ação criminal e outra civil contra José Serra, por ter responsabilizado o partido e a presidenciável Dilma Rousseff pelo vazamento das quebras dos sigilos fiscais de tucanos. Serra responderá na Justiça Federal por injúria e difamação e será alvo de uma ação por danos morais na Justiça comum.

"Nós já reiteramos diversas vezes que não encomendamos, não determinamos a quem quer que fosse para montar, elaborar, construir e redigir dossiês contra quaisquer pessoas membros ou não do PSDB. Esta acusação que tem sido reiterada pela oposição, sem nenhum indício que sustente. [...] Não aceitamos que o episódio seja co­­locado sobre nossa responsabilidade’’, afirmou Dutra.

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