Advogado de Richa quer cassar candidatura adversária
A campanha do candidato ao governo do estado Beto Richa (PSDB) protocolará hoje, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), uma denúncia de abuso de poder político contra o ministro da Pesca, Altemir Gregolin.
Maringá - O candidato do PDT ao governo do estado, Osmar Dias, tentou minimizar ontem o fato de o ministro da Pesca, Altemir Gregolin, ter pedido votos para ele e para a presidenciável petista, Dilma Rousseff, durante horário de trabalho na última terça-feira, em Curitiba, em um evento que não constava de sua agenda oficial. Durante passagem por Maringá, no Noroeste do estado, Osmar também criticou ontem seu principal adversário, Beto Richa (PSDB), por ter anunciado o nome de seu vice, Flávio Arns, como secretário da Educação caso ele seja eleito. Para o pedetista, o tucano demonstrou imaturidade política.
Na avaliação de Dias, o apoio dado por Gregolin é um reflexo de uma parceria com governo federal. "Ele [o ministro] estava em uma reunião com os pescadores artesanais do Paraná e eu fui convidado para participar do almoço", disse Osmar. "Acho que a parceria que nós temos com o governo federal está sendo demonstrada com a vinda dos ministros, do presidente da República, e isso é normal. Seria anormal se o ministro viesse apoiar o candidato adversário".
Gregolin esteve na capital para participar da teleaula inaugural dos cursos técnicos em Pesca e Aquicultura, modalidade Educação a Distância (EAD). Depois, participou do encontro, que fazia parte da agenda do pedetista. O ministro disse que estava em horário de almoço quando recomendou o voto no candidato do PDT.
Para Osmar Dias, o anúncio feito por Beto Richa na terça-feira, de que Flávio Arns será seu secretário de Educação, mostra que o tucano "não está preparado" para governar o estado. "Quem anuncia secretário antes de ganhar eleição mostra que não está maduro para ser candidato. Primeiro precisa ganhar para, depois, anunciar", afirmou o pedetista durante visita à sede da Cocamar Cooperativa Agroindustrial. Ele disse que, caso seja eleito, nomeará um profissional do ensino público para a pasta. "Isso é para mostrar o respeito que tenho e o valor que eu dou para os profissionais que fizeram dessa educação pública a melhor do Brasil".
O candidato disse acreditar que seu crescimento nas pesquisas de intenção de voto se deve à participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha. "Tenho certeza que o Lula motivou muita gente a ver que o projeto que ele implantou no país é o projeto que nós queremos dar continuidade no Paraná", afirmou. "Não comento pesquisas, mas estou feliz com o movimento que eu vejo pelo estado e a possibilidade de chegarmos a frente no dia 3 de outubro. Quem comemora o resultado antes pode ficar triste". Em Maringá, Osmar se reuniu com professores e funcionários da Copel e da Sanepar. Ele também esteve em Nova Esperança, Mandaguari e Campo Mourão.
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