Pedetista cola sua imagem à de Dilma

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O candidato a governador Osmar Dias (PDT) intensificou nos últimos dias a estratégia de tentar associar sua imagem à da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e de fazer promessas de que ela o atenderá em reivindicações federais.

Ontem, prometeu construir creches no estado na mesma proporção que Dilma edificar unidades no Paraná (veja reportagem acima). E, durante encontro com funcionários da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), em Curitiba, se comprometeu a conseguir, em um eventual mandato, a prorrogação do prazo de pagamento de uma dívida da companhia com o governo federal que chega a R$ 700 milhões. "É perfeitamente possível conseguir com a presidenta Dilma um aumento deste prazo e aumentar nossos investimentos em habitação urbana e rural", garantiu Osmar.

A dívida é decorrente do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) – um extinto mecanismo de seguro dos financiamentos realizados pelo antigo Banco Nacional de Habitação (BNH), cujos débitos residuais são cobrados das companhias habitacionais do país até hoje.

De acordo com o presidente da Cohapar, Everaldo Moreno, a dívida é um dos principais entraves para a redução do déficit habitacional no Paraná. "Só no orçamento do ano que vem, está previsto que teremos que pagar R$ 113 milhões. Com a dilação do prazo poderíamos usar este recurso para construir 5 mil e quinhentas casas", afirmou Moreno.

Osmar também tentou "colar" na popularidade de Lula. Afirmou que dará continuidade aos projetos habitacionais do governo federal, com ênfase na construção de habitações rurais. "É preciso dar estrutura ao pequeno agricultor para que ele permaneça produzindo e vivendo com dignidade no campo."

Não é a primeira vez que o candidato pedetista aposta em uma parceria com o governo federal dando como certa a vitória da candidata do PT. Em outras questões, como no caso do monitoramento das fronteiras para combater a entrada de drogas e armas no Paraná, Osmar também já havia prometido se valer de seu alinhamento político com Dilma para realizar o policiamento em parceria com a Polícia Federal.