O governador Orlando Pessuti (PMDB) deverá suspender a viagem oficial que faria à Europa neste mês para se dedicar à campanha de segundo turno da presidenciável Dilma Rousseff (PT) no Paraná. De acordo com Pessuti, Dilma e o candidato a vice na chapa petista, Michel Temer, teriam pedido a ele que permanecesse no estado este mês. O governador esteve ontem em Brasília na reunião promovida pelo PMDB nacional com as lideranças do partido. Ele é cotado para assumir o Ministério da Copa, que ainda será criado, caso Dilma vença a disputa.
A princípio, Pessuti partiria amanhã para um roteiro de dez dias por Polônia, Ucrânia e Itália. O retorno, de acordo com o comunicado que ele enviou na segunda-feira à Assembleia Legislativa, estava previsto para 18 de outubro, a menos de 15 dias do segundo turno presidencial. Durante a viagem, que faz parte das comemorações do aniversário da imigração polonesa e ucraniana ao Brasil, serão assinados acordos comerciais. Segundo o governador, há a possibilidade de a primeira-dama Regina Pessuti substituí-lo no comando da delegação.
No fim de agosto, em meio à campanha eleitoral do primeiro turno, Pessuti viajou para os Estados Unidos. Ele passou dez dias fora, em uma viagem que envolveu compromissos oficiais e um fim de semana de turismo por Orlando. Na época, a ausência do governador foi considerada como um sinal de que ele estaria insatisfeito com a proximidade entre o então candidato ao governo do estado Osmar Dias (PDT) e o ex-governador Roberto Requião (PMDB).
Reinício da campanha
A senadora eleita Gleisi Hoffmann (PT) se reuniu ontem com a bancada do PMDB na Assembleia Legislativa e convidou os parlamentares a integrarem a coordenação da campanha de Dilma no estado. "Temos de estabelecer um diálogo franco com a sociedade do Paraná e, ao mesmo tempo, mostrar aos prefeitos o quanto os municípios estão melhores graças ao compromisso popular do governo Lula", afirmou Gleisi. "Esse é o mesmo compromisso da bancada do PMDB, que terá espaço no governo na figura do Michel Temer." Segundo a petista, as principais lideranças estaduais de PT, PMDB e PDT se reunirão hoje à noite em Curitiba para organizar a campanha presidencial no estado. De acordo com peemedebistas, o único dos 17 deputados estaduais do partido a não aderir à campanha de Dilma foi Stephanes Junior.
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