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Brasília - O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, voltou ontem a negar o envolvimento do partido e da pré-campanha de Dilma Rousseff na violação de dados fiscais de pessoas ligadas a José Serra (PSDB). E acusou os tucanos de serem os responsáveis pela quebra do sigilo – acusação que o PT já vinha fazendo há várias semanas, bem antes do depoimento do jornalista Amaury Ribeiro Jr., acusado de ser o mentor da violação dos dados. "Parece mais uma briga instalada dentro do tucanato que quiseram colocar no nosso colo."

Dutra disse ainda que Ribeiro Júnior nunca trabalhou para Dilma, apesar das ligações dele com o chamado "grupo de inteligência" da pré-campanha da petista. "O único contrato dele era com o [Luiz] Lanzetta [dono da Lanza Comunicação], que era contratado pela campanha. Mas eu nem conheço o Amaury. A nossa afirmação é a mesma desde o início. Nunca encomendamos ou mandamos elaborar um dossiê", disse Dutra.

A tentativa do presidente do PT de desvinvular Ribeiro Jr. da pré-campanha de Dilma, porém, é questionada por informações levantadas pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga o caso. Segundo a investigação, partiu da pré-campanha de Dilma Rousseff a iniciativa de contratar o jornalista, já que Lanzetta era efetivamente contratado pelo PT para cuidar da estratégia de mídia de Dilma.

Lanzetta acabou afastado da campanha em junho, após a divulgação de que estaria por trás da montagem de dossiê contra dirigentes tucanos para atingir Serra, com dados obtidos de Ribeiro. Mas, pelos três meses que trabalhou na campanha de Dilma – março, abril e maio de 2010 – recebeu um total de R$ 450 mil pelos serviços.

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