O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, anunciou nesta terça-feira (14) que a Polícia Federal abriu inquérito para investigar as denúncias de que Israel Guerra, filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, teria intermediado contratos com os Correios mediante pagamento de propina. Barreto afirmou que a investigação vai verificar se houve tráfico de influência na efetivação dos negócios.
O ministro disse que Erenice não é o foco das investigações porque isso dependeria de aprovação do Supremo Tribunal Federal. Se no decorrer do inquérito, a PF verificar que a ministra praticou atos ilícitos, poderá pedir autorização da corte para investigá-la diretamente. Entre as pessoas que serão alvo das investigações da PF está Israel Guerra, filho de Erenice.
Nesta tarde, parlamentares da oposição protocolaram na Procuradoria-Geral da República um pedido para que o Ministério Público Federal investigue se a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, cometeu crime de tráfico de influência e formação de quadrilha. Eles pedem a instauração de um inquérito civil público para apurar as informações publicadas pela revista "Veja". A oposição quer ainda que seja formalizada uma ação de improbidade administrativa contra a ministra, caso sejam encontrados indícios de que ela cometeu alguma ilegalidade.
Ainda nesta terça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu, no Palácio do Planalto, sete ministros para cobrar investigação e esclarecimentos sobre as denúncias que envolvem a ministra Erenice Guerra, da Casa Civil. Durante a conversa, o presidente pediu que o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, concedesse entrevista coletiva falar sobre a entrada da Polícia Federal nas investigações acerca da suposta participação de Erenice em negociações de contratos com órgãos do governo.
Por iniciativa própria, a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, pediu que a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério da Justiça investigassem as denúncias de que ela e o filho Israel Guerra teriam intermediado contratos com os Correios mediante pagamento de propina. Na segunda (13), a ministra havia pedido que fosse investigada na Comissão de Ética Pública da Presidência.
Segundo a Casa Civil, Erenice quer a apuração dos atos administrativos da empresa de transporte aéreo MTA com a Agência Nacional de Aviação Civil e os Correios.
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