A Polícia Federal (PF) copiou na sexta-feira passada os arquivos do computador da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. Os computadores do seu filho, Israel Guerra, na Terracap (órgão do governo do Distrito Federal), de Marco Antônio Oliveira nos Correios e de mais dois assessores da Casa Civil também foram requisitados pela corporação. A autorização foi dada pela Justiça Federal na quarta-feira.
O filho de Erenice é acusado de montar um esquema de lobby e cobrança de propina de empresas para favorecê-las dentro do governo. A ministra pediu demissão no dia 16 de setembro em meio ao escândalo revelado pela revista Veja. Marco Antonio era diretor de Operações dos Correios. Um sobrinho dele, Vinicius Castro, era assessor de Erenice na Casa Civil e sócio de Israel na Capital Assessoria, empresa usada por eles para colocar o esquema em funcionamento no governo.
A PF conseguiu ainda autorização para prorrogar por mais 30 dias o inquérito que investiga o lobby do grupo. A apuração policial ocorre em parceria com a procuradora da República Luciana Marcelino Martins. Até agora, pelo menos 12 pessoas já prestaram depoimento. Alvos principais da investigação policial, Israel e Vinicius ficaram calados quando foram interrogados.
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