A Polícia Federal encaminhou nesta quarta-feira (13) à Justiça Federal de Brasília um pedido de prorrogação do inquérito que investiga as suspeitas de tráfico de influência na Casa Civil. O pedido foi assinado pelo delegado Roberval Vicalvi, responsável pelas investigações.
O inquérito, aberto no último dia 14 de setembro, completa 30 dias nesta quinta-feira (14), prazo máximo para ser concluído. A sequência das investigações só será possível com a autorização da Justiça. O delegado responsável alega que, com os depoimentos prestados, ainda não foi possível concluir as investigações.
O inquérito foi aberto para apurar as denúncias de tráfico de influência que resultaram na queda da então ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. Segundo a PF, 12 pessoas já foram convocadas a prestar depoimento à polícia. Os filhos de Erenice, Saulo e Israel Guerra, permaneceram em silêncio durante seus depoimentos no último dia 5 de outubro.
Saulo é um dos proprietários da Capital Consultoria e Assessoria, empresa que está no centro das denúncias referentes ao período em que Erenice foi secretária-executiva e depois ministra-chefe da Casa Civil.
A empresa de Saulo, da qual Israel era representante, utilizaria o posto estratégico de Erenice no governo para facilitar a negociação de contratos públicos com empresas privadas, de acordo com reportagem publicada pela revista "Veja". Desde que o caso foi revelado, a ex-ministra sempre negou participação em irregularidades.
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