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Brasília - A Polícia Federal (PF) informou ontem que, no inquérito que aponta o jornalista Amaury Ribeiro Jr. como o mandante da quebra do sigilo fiscal de pessoas ligadas a José Serra (PSDB), "não foi comprovada sua utilização [dos dados] em campanha política" – o que na prática isenta tanto o ex-governador mineiro Aécio Neves como a petista Dilma Rousseff, embora os depoimentos levantem a suspeita do contrário.

A PF ainda procurou se eximir de possíveis interpretações políticas do conteúdo das investigações. "A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação". A Polícia Federal ainda informou que o inquérito está na fase de conclusão, após quatro meses de investigações.

O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, também defendeu ontem a investigação. Segundo ele, a Polícia Federal não se pauta por interesse político partidário. "O que queremos é afirmar de novo é que a PF fez um trabalho investigando fatos. E o que tem conotação política partidária não pauta a atuação da Polícia Federal", afirmou Corrêa.

O diretor-geral também reclamou da divulgação do que seriam teses sobre o caso, que estão sendo atribuídas à PF. No entanto, disse que imprensa tem o direto de interpretar livremente o fato, mas não pode atribuir a interpretação à polícia. "Não queremos que a entidade seja jogada na utilização política de um lado ou de outro. Não quero que a instituição seja usada indevidamente no processo eleitoral."

Questionado se a investigação teria sido pedida ao jornalista pelo ex-governador e atual senador Aécio Neves (PSDB), o delegado Alexandre Moreti, que acompanhou as investigações, afirmou que não tinha essa informação. "O Amaury não disse se teve ou não contato com Aécio Neves. Disse que teve ciência que um grupo investigava o governador Aécio Neves e foi feita investigação para descobrir quem é esse grupo."

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