“Mesmo que indiretamente, a pessoa que a gente vai eleger vai fazer diferença na nossa vida. Eu sempre dou valor aos políticos que privilegiam a educação. Sem educação, não tem médicos. Sem médicos, não tem saúde. Muitas pessoas não veem isso”, Flavia Pereira da Silva, 16 anos| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

O assunto está em toda parte

Um ponto definitivo para começar a enxergar a política de uma outra forma é – antes de qualquer coisa – perceber que ela está por todos os lados. Se você perdeu o horário por conta do atraso do ônibus ou ficou preso em casa porque faltou luz (isso sem falar no pneu furado do carro por conta de um buraco na rua) – seja o que for, tudo isso está ligado diretamente a quem está comandando a sua cidade, estado e país. E prestar atenção nestes detalhes também é uma forma de vivenciar a política.

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Tudo começou pelo Twitter. Com a campanha Voto Consciente, promovida por todas as empresas da Rede Paranaense de Comuni­cação (RPC), uma galera resolveu soltar o verbo pelo @gazetinhanews. Carlos Eduardo Oliveira (@kaduh_oliveira), de 17 anos, Flavia Pereira da Silva (@Flaa­Pereira) e Gabriel Garcia de Paula (@GARCIAcomx), ambos com 16, integram essa turma que quer fazer a diferença. "Eu gosto bastante de discutir política, e sei a importância que isso tem para o nosso futuro", aponta Carlos.

Se ainda assim você considera política um assunto chato, observe: não se trata apenas do voto. Ações pequenas (organizar um abaixo-assinado para pedir novos horários de linha de ônibus, por exemplo) também podem ser consideradas um primeiro passo para aderir ao tema, mesmo que você não perceba.

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Para os nossos jovens leitores, votar representa muito mais do que o simples ato de escolher o candidato que irá assumir uma posição pública no governo nos próximos quatro anos. "Eu vejo como uma oportunidade de ter a minha voz", descreve Gabriel. E não dá para só cobrar e esperar mudanças do dia para a noite. "Se a gente tiver atitudes assim hoje, a diferença não vai ser amanhã, vai ser no futuro. É mais para frente", completa o garoto.

Flavia também é adepta desta ideia. "As pessoas só pensam em eleição de dois em dois anos e pronto. Depois, eles não veem o que a pessoa realmente está fazendo. Às vezes, as pessoas não sabem nem se o político tentou, só querem ver tudo pronto", reforça. É por isso que ela acredita que o voto é um momento bem importante. "Mesmo que indiretamente, a pessoa que a gente vai eleger fará diferença na nossa vida", aponta a garota.

Por essas e por outras, a turma defende as discussões políticas desde cedo. Afinal de contas, não dá para apenas ver problemas no ambiente ao seu redor e deixar de lado o seu papel de cidadão. "Não adianta você ficar reclamando para Deus e o mundo. Tem que ir direto na fonte, para quem você sabe que pode agir", diz Carlos. É preciso ir atrás dos problemas na hora, seja o que for – e isso também é um jeito de fazer política. "Meus amigos falam que eu sou muito ‘reclamão’. Quando eu acho que uma coisa não está certa, eu vou reclamar. Não fico na minha", adverte Gabriel.

Começa em casa

Há uma regra geral nessa história toda – todos os jovens com os quais a Gazetinha conversou concordam que tudo começa dentro de casa, com a educação dos pais. De acordo com o grupo, não adianta responsabilizar o governo pela alienação que atinge grande parte dos jovens. "Tem a nossa parte de culpa. A minha família se interessa, meus pais sabem em quem eles votaram nas eleições passadas. Tem muita gente que não faz isso", reitera Gabriel.

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Carlos concorda que falta incentivo dentro de casa. "Se um jovem cresce num meio politizado, ele vai se interessar por política. Agora, se os pais dele acham que é chato, ele não vai gostar também", explica. Flavia concorda e garante que incorporou uma mania de sua mãe. "Quando ela vê alguma coisa errada, não deixa passar", avisa.

No fim das contas, vale levar bem a sério o conselho de Carlos. "O jovem tem que participar um pouco mais. Conversar sobre política, deixar um pouco de lado os jogos (de computador). Como você vai reivindicar os problemas ao seu redor, se nem votar você vota? Você tem que ir no maior para poder exigir o menor depois", finaliza.

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Entre na campanha Voto Consciente também pela internet. Siga pelo Twitter: (@consciente_voto).

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