Maringá e Foz do Iguaçu - A candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) fará amanhã a primeira visita ao Paraná neste segundo turno. Curitiba foi a cidade escolhida pela petista, que descartou passar por Maringá na sexta-feira, conforme havia sido anunciado pelo partido na semana passada. Mas a cidade do Noroeste do Paraná não ficará de fora do roteiro dos presidenciáveis. Aliados do candidato do PSDB, José Serra, anunciaram ontem que o tucano estará nesta quinta-feira em Maringá. Depois, seguirá para Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Será a segunda visita de Serra ao estado no segundo turno na sexta-feira passada, ele esteve em Londrina.
Dilma deve desembarcar às 9h30 no Aeroporto Afonso Pena, segundo o presidente do PT no Paraná, deputado estadual Ênio Verri. A candidata participará de uma passeata no centro de Curitiba, a ser realizada a partir das 10 horas no calçadão da Rua XV de Novembro com concentração na Praça Santos Andrade, em frente do prédio histórico da UFPR. Na sequência, ela segue para Pinhais, na região metropolitana, onde participará de uma carreada pela cidade, às 11 horas.
A passagem de Dilma pelo Paraná busca reverter a tendência pró-Serra verificada no estado no resultado do primeiro turno: o tucano teve 43,9% dos votos válidos contra 38,9% da petista.
Já o tucano quer ampliar a vantagem no Paraná. Para isso, conta principalmente com o apoio do governador eleito Beto Richa (PSDB). De acordo com a agenda do tucano divulgada para a imprensa, Richa e Serra participarão de uma carreata amanhã bem cedo em Maringá. Às 11 horas, os dois deverão ir ao Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro, onde vão se reunir com prefeitos e lideranças da região. Depois, viajam a Ponta Grossa, onde participam de uma carreata pelo centro da cidade, a partir das 15 horas.
Afago aos religiosos
A senadora eleita Gleisi Hoffmann (PT) esteve ontem em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, para se encontrar com religiosos e tentar desfazer a relação entre o partido e o discurso pró-aborto.
Durante encontro com o Conselho de Pastores Evangélicos de Foz, Gleisi disse que muita gente do PT é contra o aborto, incluindo ela. "A maior parte dos membros do PT são contrários ao aborto. Essa discussão foi aprovada no 4.º Congresso [Nacional do PT, em fevereiro], mas não tem que estar no programa partidário", disse Gleisi (na verdade, a descriminalização do aborto foi incluída como diretriz do partido no 4.º Congresso, mas foi excluída do programa de governo de Dilma).
Gleisi também comentou sobre a união civil de casais homossexuais e sobre o projeto de lei que criminaliza o preconceito contra os gays, outros pontos sensíveis em debate nesta campanha. "A orientação sexual faz parte do livre-arbítrio da pessoa. Não nos cabe julgar e agir com preconceito. Também não podemos cair no outro lado e criminalizar um pastor ou um padre por ter convicção religiosa."
Para a senadora eleita, o encontro com religiosos foi oportuno porque muita gente não havia tido a oportunidade para tirar dúvidas com membros do PT ou da campanha da candidata Dilma, inclusive sobre informações veiculadas sobre esses assuntos na internet. "Diversas informações que circulam na internet são descabidas, preconceituosas e difamatórias", disse Gleisi.
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