O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), convocou a imprensa para um pronunciamento nesta terça-feira (19) no qual fez críticas ao instituto Vox Populi, que divulgou pesquisa para presidente da República atribuindo 57% dos votos válidos para Dilma Rousseff (PT) e 43% para José Serra (PSDB) -- 51% a 39% nas intenções de voto totais (que incluem brancos, nulos e indecisos).
Guerra acusou o instituto de parcialidade em favor da petista. "É uma falta de respeito pelas instituições democráticas brasileiras, de instituição de pesquisa que trabalha para o Partido dos Trabalhadores", afirmou. Apesar das acusações, afirmou que, por enquanto, não cogita entrar na Justiça contra o instituto.
O G1 entrou em contato por telefone com João Francisco Moreira, diretor do instituto Vox Populi, que afirmou que não tinha conhecimentos das declarações de Guerra e que não comentaria o assunto.
Durante a entrevista, o presidente do PSDB leu um artigo atribuído ao presidente do instituto, Marcos Coimbra, que tratava do cenário do primeiro turno e da possibilidade de vitória de Dilma.
"A gente vai ganhar essa eleição. O Marcos Coimbra não vai eleger presidente da República. Ele não é o povo. Quem vai eleger o presidente da República é o povo brasileiro", afirmou.
Guerra afirmou que os resultados, segundo ele, incorretos, "não têm a ver" com os levantamentos feitos pelo PSDB.
"Esse tipo de interferência induz a mais erros, interfere sobre a animação dos nossos companheiros, prejudica o desempenho das campanhas. Não podemos aceitar que uma instituição aparentemente neutra, na verdade faça campanha, promova uma fraude contra a opinião pública. Instituições desse tipo devem ser vistas, fiscalizadas", afirmou.
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