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O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou nesta quinta-feira (7) que a cúpula petista vai propor aos partidos que integram a campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República a divulgação de um manifesto contra o que classificou de "guerra suja" nas eleições.

Segundo Dutra, o documento, assinado pelas outras siglas, será uma espécie de convocação da militância para a busca de votos para Dilma no segundo turno. "Temos uma proposta que vamos apresentar para todos os partidos, que é um manifesto de conclamação da militância para no segundo turno vencer a eleição e repelir essa verdadeira guerra suja que está sendo feita por alguns setores, tentando inclusive colocar temas religiosos como centro de uma disputa eleitoral. Achamos isso muito ruim para o Brasil", disse Dutra.

O documento deve ser finalizado ainda nesta quinta e será divulgado nos próximos dias. Além do manifesto, Dutra também confirmou que a campanha de Dilma, diferentemente do que pregara mais cedo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, vai apresentar um programa de governo com 13 propostas, com a a defesa formal da democracia e das liberdades constitucionais.

"Esse programa vai ser apresentado. Está praticamente pronto. Ele contempla o compromisso de todos os partidos da aliança com a liberdade, com a democracia, com a liberdade de expressão, com a liberdade de imprensa e com o estado laico, que é isso que norteia todos os partidos de nossa aliança", esclareceu Dutra. O programa da campanha petista deve ser divulgado na próxima semana, depois do feriado do dia 12 de outubro, disse.

Panfleto

O presidente nacional do PT também disse que o partido pediu à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar a origem de um panfleto apócrifo que foi distribuído nesta quarta-feira (6), durante um evento do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, que fazia acusações à candidata do PT de defender a modificação da Constituição para legalizar o aborto.

"Pedimos a abertura de um inquérito na Polícia Federal para apurar a origem de um panfleto que teria circulado ontem na reunião do PSDB. Queremos apurar a responsabilidade sobre o panfleto e a responsabilização criminal sobre aqueles que tenham confeccionado o panfleto", afirmou Dutra.

Sobre a polêmica envolvendo a questão do aborto, Dutra repetiu o discurso de campanha segundo o qual Dilma e Serra "são parecidos" nessa questão e que ambos defendem a vida. O presidente nacional do PT também afirmou que pretende debater as "diferenças" entre o tucano e a petista.

"A candidata já disse claramente sua posição [sobre o aborto]. Esse é um tema que não há diferença entre Serra e Dilma. Queremos debater a diferença entre os dois. Por exemplo, queremos saber se ele tem a posição de rever o modelo que foi aprovado pelo Congresso que estabeleceu a partilha no pré-sal, queremos saber se o Serra tem a posição de acabar com o Bolsa Família, como era a discussão de diversos aliados dele, que sempre disseram que o Bolsa Família era 'Bolsa Esmola'", disse Dutra.

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