O procurador eleitoral regional Renato Brill de Góes pediu nesta sexta-feira (9) a impugnação da candidatura de Joaquim Roriz (PSC), líder nas pesquisas de intenção de voto para o governo do Distrito Federal. Dois dispositivos da Lei Eleitoral impediriam a candidatura do ex-governador, na avaliação do procurador. Roriz renunciou ao mandato de senador, em 2007, para fugir de um processo por quebra de decoro - o que o deixaria, segundo a Lei Ficha Limpa, inelegível até 2023 - quando teria 87 anos. Naquele ano, ele foi flagrado pela Operação Aquarela negociando o desconto de um cheque de R$ 2,2 milhões no Banco Regional de Brasília (BRB). Roriz, no entanto, afirmou que o dinheiro não seria propina, como aponta inquérito policial, e sim um empréstimo para a compra de uma bezerra.
Joaquim Roriz também tem um débito de R$ 5 mil na Justiça Eleitoral por campanha antecipada na internet. A quitação de dívidas com a Justiça Eleitoral é um dos critérios de elegibilidade. O pagamento da multa deveria ter ocorrido até o último dia 5, prazo para os pedidos de candidatura. Mesmo pagando o débito agora, o processo não será extinto.
Por meio da assessoria de imprensa, Joaquim Roriz alegou que, quando renunciou ao mandato de senador, não existia a Lei Ficha Limpa e, por isto, está "confiante" de que a Justiça irá validar sua candidatura. "Ele não vai abrir mão de ser candidato a não ser por decisão da Justiça", disse o assessor dele, Paulo Fona. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) precisa ter julgado todos os pedidos de impugnação de candidatura até o dia 5 de agosto. Caso seja impugnado, a coligação de Roriz pode fazer a substituição do candidato.
Roriz também teve problemas na documentação entregue ao TRE. Segundo o procurador Renato Brill Góes, a certidão criminal dele não está detalhada e a retificação que pediu para ser feita na declaração de bens não teve a assinatura reconhecida em cartório. O procurador deu 72 horas para o candidato regularizar a documentação.
Governador do Distrito Federal por quatro mandatos, Roriz declarou, em 2006, ter R$ 4,48 milhões, dentre os quais 6.227 cabeças de gado. Nesta semana, ele entregou declaração à Justiça afirmando ter apenas R$ 1,11 milhão. O gado foi omitido na declaração. Ao retificar a declaração de bens, Joaquim Roriz pediu a inclusão de 6.717 bois, no valor de R$ 4 milhões. Assim, o patrimônio declarado por ele ficou em R$ 5,1 milhões.
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