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Brasília - O Ministério Público Federal afirmou ontem, por meio de nota, que não descarta qualquer hipótese de investigação no caso de quebra de sigilo de dados da Receita Federal envolvendo dirigentes do PSDB e pessoas ligadas a líderes do partido. "As investigações ainda não foram concluídas, e não o serão, até que todos os fatos e responsabilidades sejam integralmente esclarecidos. Por essa razão, o Ministério Público Federal e a própria Polícia Federal não podem descartar, não descartam e não descartarão, qualquer hipótese de investigação", diz a nota assinada pelos procuradores da República do Distrito Federal José Robalinho Cavalcanti e Vinícius Alves Fermino.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada na quarta-feira mostrou que o jornalista Amaury Ribeiro Jr., ligado ao chamado "grupo de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT), confirmou em depoimento que encomendou dados de dirigentes tucanos e familiares de José Serra (PSDB).

No mesmo dia, a Polícia Federal divulgou uma nota dizendo que os dados violados foram "utilizados para a confecção de relatórios, mas não foi comprovada sua utilização em campanha política". No mesmo documento, a PF refutou "qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação". A investigação ainda não foi encerrada, conforme disse o Ministério Público. A PF afirma que o inquérito sobre o caso se encontra em sua fase final, mas ainda falta a realização de algumas diligências.

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