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Em uma casa de Ponta Grossa com 25 metros quadrados e três cômodos – banheiro, quarto e cozinha –, mora a família de Roseli de Fátima Santos, 41 anos, beneficiária de dois programas sociais há pelo menos três anos.

A verba do programa federal Bolsa Família, de R$ 77 mensais, ajuda na despesa de vestuário e na compra de material escolar para três dos quatro filhos de Ro­­seli: Ícaro, de 7 anos e Maria Eduarda, 11, e Ângelo, 18. Já o programa estadual Leite das Crianças complementa a alimentação do filho mais novo, Antoni, de 2 anos.

"A renda do meu esposo gira em torno de R$ 600, mas só quando tem bastante serviço. Ele trabalha na construção civil e, quando chove, não ganha o dia. Daí as coisas apertam", conta Roseli. "Com o dinheiro do ‘Bolsa’, pelo menos garanto a compra do material escolar das crianças e, às vezes, dá para comprar um chinelinho para eles."

Ela conta que o Leite das Crianças faz diferença na alimentação dos filhos. "A gente recebe dois litros na segunda e na quarta-feira. Na sexta, são três litros. Ajuda muito, mas eles fornecem só até os três anos [de vida da criança]. Deveriam dar até os filhos completarem cinco ou seis, pois eles precisam", sugere a dona de casa.

Ela diz que não pode trabalhar fora no momento porque tem de cuidar da educação dos filhos e, por isso, os programas ajudam muito. "Eles [os filhos] são pequenos e por isso tenho que ficar com eles. Mesmo assim, não é fácil [conseguir] trabalho e, quando abre algum curso [de qualificação] na cidade, nunca tem vaga para a gente. O meu filho de 18 anos está na época do quartel [alistamento militar] e também não consegue emprego", conta. Ela diz que tem esperanças de que o marido comece a trabalhar com registro em carteira, para ter rendimento garantido.

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