Rio e São Paulo - Os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PSDB) voltaram a se atacar ontem durante o horário eleitoral exibido à tarde na televisão. A propaganda tucana voltou a falar que sua adversária só concorre à Presidência por causa do seu "padrinho" – se referindo a Lula, sem citar o nome do presidente. E também mostrou a reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta semana, sobre o acupunturista que acompanha a petista na campanha, mas que é pago pela Casa Civil.

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Já o programa de Dilma fez comparações entre os governos Fernando Henrique Cardoso e Lula, ressaltando as privatizações da Vale e da Light foram obra do PSDB. O programa de Dilma ainda acusou a gestão tucana de não ter programas habitacionais. O PT ainda acusou Serra e o PSDB de serem contra o Bolsa Família e o ProUni – programa de inclusão de pessoas carentes em universidades privadas.

Rádio mais pesado

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No rádio, a propaganda eleitoral gratuita dos dois candidatos seguiu a mesma linha de ataques mútuos – com um tom ainda mais agressivo do que na televisão. "O PSDB, esse pessoal do bico grande [referência aos tucanos], nunquinha mesmo colocou dinheiro para ajudar as famílias a comprarem suas casas", diz Serafião, personagem de tipo nordestino que participa regularmente dos programas petistas no rádio, marcado pelas ironias.

Quanto aos projetos de transferência de renda, Serra foi acusado de não apoiar o Bolsa Família. Em seguida, o nordestino Serafião chama de "conversa para boi dormir" as promessas tucanas de "ampliar e dar 13.º [para os beneficiários do Bolsa Família]".

Já o programa tucano no rádio segue fiel a tática de intercalar a imagem do "Serra do bem" com acusações e ironias contra Dilma. Jingles ligam a petista ao aborto, MST e aos escândalos da Casa Civil. E ironizam a capacidade administrativa de Dilma, que foi propreitária de "lojinha de R$ 1,99 que quebrou" – referência a um empreendimento que ela tocou nos anos 90, no Rio Grande do Sul.

Para rebater as acusações de que Serra encerraria programas como o Bolsa Família, o lo­­­cutor afirma que, "além de continuar o que está dando certo, ele melhora e amplia". É a deixa para que Serra alfinete a atual gestão: "Às vezes, eu me pergunto: por que não continuaram o que eu fiz na saúde [mu­­­tirões, genéricos, Saúde da Mulher]?".

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Propaganda eleitoral agressiva ganha votos?

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