A coordenação de campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) decidiu produzir um material específico para São Paulo, criticando diretamente a gestão de José Serra e políticas do PSDB implementadas no governo do Estado. A coligação "Para o Brasil seguir mudando" encomendou mais de 20 milhões de panfletos. O material deve começar a ser distribuído nesta sexta-feira (21).

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O PT concentra esforços em São Paulo na reta final. Nos bastidores da campanha, a avaliação é que Dilma teria um desempenho mais estável em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, Estados monitorados diariamente pelo partido, além de São Paulo e Rio de Janeiro. Porém, é entre o eleitor paulista que reside a maior preocupação.

O PT alega que os panfletos vão deixar claro a "diferença de projetos". A ideia é mostrar o que o governo Lula/Dilma investiu em São Paulo fazendo um contraponto com os investimentos federais na época do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com Serra no ministério. Alguns panfletos que já circularam no Estado têm tom agressivo.

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Por se tratar de um reduto eleitoral dos tucanos, no qual Serra teve vantagem no primeiro turno, a coordenação de campanha traçou uma força-tarefa. Além da presença mais ostensiva de Dilma nos próximos dias em carreatas e caminhadas na Grande São Paulo, vai distribuiu tarefas específicas para as principais figuras políticas do PT e de partidos aliados. Já foi definido um cronograma diário de atividades até dia 30.

Os panfletos serão distribuídos em todas essas atividades. O material destaca aspectos negativos da gestão de Serra no governo e na Prefeitura de São Paulo nas áreas de educação, segurança pública e políticas sociais.

"Serra faz questão de dizer o que fez. Nós vamos simplesmente contar o outro lado da história. Em São Paulo não existiu o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), os programas sociais dos governos anteriores do PT foram interrompidos, ele não é o pai dos genéricos. Mas não se pode confundir a crítica ao governo de São Paulo com uma crítica aos paulistas, que são um povo empreendedor", afirmou o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.