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O presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirmou nesta terça-feira (19) que o foco da campanha de Dilma Rousseff nestas últimas duas semanas do segundo turno serão as regiões Sudeste e Nordeste. O partido convocou ainda uma mobilização nacional da militância para o dia 27 de outubro, dia do aniversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da vitória nas eleições de 2002. A Executiva do PT se reuniu nesta terça em Brasília para discutir os rumos da campanha.

Segundo o presidente do PT, é preciso buscar votos no Sudeste, mas o partido tem de buscar ampliar a vantagem que as pesquisas dão a Dilma no Nordeste. "O Sudeste é prioridade até porque é o grande colégio eleitoral, mas o Nordeste não pode ser deixado de lado, temos vantagem lá e uma perspectiva de aumentar a vantagem".

Dutra destacou a esperança do PT de que a militância possa garantir a vitória de Dilma. "Nós decidimos que o dia 27 será o dia nacional de mobilização da nossa militância em todo o Brasil, com atos, caminhadas, carreatas e comícios para dar a arrancada final para a vitória".

O líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), afirmou que a avaliação do partido é que a agenda negativa que retirou votos de Dilma e reduziu sua vantagem nas últimas semanas já foi encerrada. "Nós estancamos essa agenda negativa e ruim para a sociedade e estamos agora numa tendência de crescimento nessa reta final, agora é aumentar a militância. O sinal amarelo que tínhamos na semana passada foi bom para mobilizar, mas já estamos em retomada do crescimento".

Apesar do otimismo, a campanha ainda não conseguiu fechar o texto final dos "13 pontos" que deverão ser divulgados como programa de governo. Segundo Dutra, faltam alguns ajustes e o lançamento deve acontecer até quinta-feira. Ele afirmou que os pontos todos que serão divulgados já vem sendo usados na campanha eleitoral, sobretudo no horário eleitoral gratuito de televisão.

Paulo Preto

Na reunião, debateram-se ainda as acusações contra Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Ele é ex-diretor de engenharia da estatal Dersa, que toca algumas das principais obras do governo de São Paulo e é suspeito de desviar recursos que seriam de caixa dois da campanha de José Serra à Presidência da República. O ex-diretor nega as acusações.

Nesta tarde, parlamentares da base aliada do governo pedirão que a Procuradoria Geral da República investigue Paulo Preto. O pedido será estendido a Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), senador eleito por São Paulo, e a Serra. O argumento para envolver a PGR na investigação é que haviam recursos federais para obras administradas pela Dersa, como o Rodoanel.

Aloysio foi incluído porque reportagens afirmaram que ele fez um empréstimo com Paulo Preto, e Serra, por ter sido governador do estado enquanto o ex-diretor estava no cargo e supostamente estaria fazendo arrecadação de caixa dois para a campanha tucana

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