O presidente do PT, José Eduardo Dutra, anunciou na tarde desta quinta-feira (16) em Brasília (DF) que o partido vai pedir à Polícia Federal que investigue a acusação feita pelo empresário Rubnei Quícoli de que o dinheiro que teria sido supostamente pedido de propina para realizar um empréstimo no BNDES iria para a campanha de Dilma Rousseff (PT). Em entrevista ao site do jornal "O Globo", o empresário diz ter ouvido a informação do ex-diretor dos Correios Marco Antonio Oliveira. O ex-diretor não foi localizado pelo site.
A suposta propina a que se refere Quícoli seria uma "taxa de sucesso" cobrada pela empresa Capital, empresa tocada por filhos de Erenice Guerra, que deixou a Casa Civil nesta quinta-feira. Para Dutra, Quícoli e outras pessoas envolvidas no escândalo têm de ser ouvidas pelo órgão. Ele afirmou que há uma tentativa de "forjar" envolvimento do PT e da campanha de Dilma com o caso.
"Há uma clara tentativa de forjar um envolvimento do PT e da campanha. A ação é, particularmente, a partir de duas declarações de que a facilitação daquele financiamento do BNDES seria para arrecadar recursos campanha da Dilma. O PT estará solicitando abertura de inquérito diretor da PF apurar essa denúncia", afirmou o presidente do PT.
Segundo Dutra, quando da realização do suposto pedido ao empresário, a arrecadação de qualquer recursos só acontecia por meio dele ou do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
Outros processos
Além da investigação da PF, Dutra anunciou duas ações contra o empresário. O PT vai realizar uma representação criminal na Justiça de São Paulo por crimes contra a honra pelas declarações. De acordo com o presidente, o PT também vai entrar com um pedido de indenização na Justiça Civil de Brasília.
Dutra procurou desvincular a decisão do governo pela saída de Erenice de qualquer intenção eleitoral. Segundo ele, a campanha não se envolve nesse tipo de assunto. Ele também não quis especular nenhum nome para o lugar de Erenice, que é substituida interinamente por Carlos Eduardo Esteves Lima.
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