Buenos Aires - "Minha resposta é quase um mantra: não, nunca. As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) jamais participaram do Foro de São Paulo. Nunca. Elas não pertencem ao Foro". Com essas palavras o diretor do Foro de São Paulo e secretário de Relações Internacionais do PT, Walter Pomar, negou categoricamente ontem a presença de integrantes da guerrilha colombiana nas reuniões do Foro. Nesta eleição, o PT vem sendo acusado de ter relação com as Farc.
Questionado se as Farc, nos 20 anos de existência do Foro, haviam participado das reuniões sob a égide de algum partido político colombiano de esquerda, para apresentar um lado mais "formal", Pomar negou. "Não participaram de forma alguma", garantiu. O petista lamentou que o narcotráfico esteja "muito presente na política colombiana" e ressaltou que "dezenas de parlamentares" de todo o leque político na Colômbia estão sendo processados na Justiça por vínculos com o tráfico de drogas. Pomar ressaltou que a existência da guerrilha começou muitos anos antes da expansão do narcotráfico na Colômbia.
O secretário de Relações Internacionais do PT está na capital argentina para comandar o Foro de São Paulo em Buenos Aires, que foi inaugurado ontem com a presença de representantes de partidos de esquerda da América Latina e Caribe.
Cuba
Perguntado sobre as posições dos participantes do Foro sobre a situação política em Cuba, Pomar sustentou que "100%" dos participantes do Foro respaldam o governo da ilha caribenha. "Nós apoiamos o povo cubano, que apoia o governo cubano", argumentou. O petista rejeitou as denúncias internacionais de violações aos direitos humanos e torturas nas prisões cubanas. "Tenho 100% de certeza de que não há tortura em Cuba. 100% de certeza", disse.
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