Marina Silva: convenção de integrantes do partido e de colaboradores da campanha dela decidirá o rumo da legenda no segundo turno da eleição| Foto: Nacho Doce / Reuters

Vice de Marina Silva declara neutralidade

O empresário Guilherme Leal, que foi vice da chapa de Marina Silva (PV) à sucessão presidencial, disse ontem que não cogita a possibilidade de subir nos palanques de Dilma Rousseff (PT) ou de José Serra (PSDB) no segundo turno. "Eu acho isso pouco provável. Não faz parte dos meus planos, em absoluto", disse o empresário, sócio da indústria de cosméticos Natura.

Leia a matéria completa

CARREGANDO :)

Marina Silva: Ex-candidata reclama das pesquisas

São Paulo - A senadora Marina Silva, ex-candidata do PV à Presidência, reclamou ontem dos institutos de pesquisa. Em entrevista à rádio Jovem Pan de São Paulo, ela disse que os levantamentos eleitorais podem ter prejudicado sua possível ida ao segundo turno. Em mais de uma hora de programa, Marina afirmou que as urnas "teriam, talvez, revelado muito mais se as pesquisas alcançassem o que estava nas ruas". "Muita gente se referenciava nas pesquisas", lamentou.

Ela revelou que tem recebido mensagens de arrependimento de eleitores que se pautaram em levantamentos e fizeram o "voto útil". "Uma eleição não pode se basear nas pesquisas", criticou. Para Marina, o segundo turno é uma nova chance para os institutos, que, segundo ela, não conseguiram captar a força da "onda verde".

Agência Estado

Brasília e São Paulo - O PV marcou para o próximo dia 17, em São Paulo, a convenção que decidirá os rumos do partido no segundo turno da eleição presidencial. Antes do encontro, a candidata derrotada Marina Silva vai se reunir com José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), e entregará um documento com os principais pontos de seu programa que ela espera ver incorporados às plataformas dos ex-concorrentes.

Publicidade

Participarão da convenção entre 80 e 90 delegados com direito a voto. Por insistência de Marina, 15 vagas serão de colaboradores da campanha, religiosos e militantes do "movimento Marina Silva" – o que inclui pessoas que não são filiados ao PV. Do lado partidário, devem participar da convenção candidatos da legenda que disputaram as eleições estaduais, a executiva nacional da sigla e a coordenação da campanha da senadora Marina Silva (PV-AC), além de deputados eleitos.

O acordo interno do PV para que a convenção fosse realizada foi anunciado em entrevista pelo presidente nacional do PV, José Luiz Penna, pelo coordenador da campanha de Marina, João Paulo Capobianco, e pelo presidente do PV-RJ, Alfredo Sirkis.

Dentro do partido há uma forte divisão em que rumo tomar: apoiar Serra ou Dilma. Capobianco inclusive deixou em aberto a possibilidade de o PV se declarar neutro, como Marina tem indicado. "A convenção não é para definir aliança, é para definir posição. Há uma corrente forte que defende a não aliança", disse ele.

Segundo a cúpula do PV, a ideia é que o partido saia unido da convenção, mas quem discordar da decisão poderá apontar outra solução em caráter pessoal, sem usar o nome ou a logomarca do partido.

O presidente do diretório Estadual do partido em São Paulo, Maurício Brusadin, adiantou que a postura da minoria da legenda será respeitada e que cada militante terá o direito de ter um ponto de vista contrário ao que será definido. "Isso vale também para Marina", afirmou Brusadin. Os verdes paulistas tendem a apoiar Serra.

Publicidade

Critérios de apoio

Hoje, um grupo formado por 21 cooperadores da campanha de Marina se reunirá para definir dez itens da plataforma dela que serão sugeridos para serem incorporados aos planos de governo de Dilma e Serra.