Personagens ligados aos candidatos à Presidência se tornaram alvos de denúncias na reta final da campanha:
Valter Luiz Cardeal (foto acima)Gaúcho de 59 anos, Cardeal é engenheiro civil. Atua como diretor de Planejamento e Engenharia da Eletrobras, estatal de energia da União. É responsável por projetos bilionários como o Programa de Incentivo ao Uso de Energias Alternativas. Entrou no setor público em 1971 como funcionário da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) do Rio Grande do Sul. Conheceu a candidata Dilma Rousseff (PT) durante o governo Alceu Collares (91-95), quando ela era secretária de Energia e ele diretor da CEEE. Foi companheiro de Dilma no PDT até 2001 quando a acompanhou na mudança para o PT. Dois anos depois chegou à Eletrobras por indicação de Dilma, então ministra de Minas e Energia. Em 2007, foi denunciado pelo MPF por gestão fraudulenta e desvio de recursos. Atualmente, acumula o cargo de presidente do Conselho de Administração da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), uma subsidiária da Eletrobras. Neste cargo é acusado do esquema de garantias ilegais para obter empréstimo banco alemão KfW.
Paulo Preto (foto ao lado)
O paulista Paulo Vieira de Souza, mais conhecido como "Paulo Preto", de 62 anos é engenheiro civil. Seu último cargo público foi na empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), do qual era diretor desde 2005. Foi exonerado em abril, poucos dias após Serra se lançar à Presidência. Um mês após a exoneração na Dersa, foi detido pela polícia quando fazia avaliação de um bracelete de brilhantes em uma loja do Shopping Iguatemi. A joia tinha sido roubada, alguns dias antes, na própria loja. Trabalhou no Palácio do Planalto durante o governo FHC, como assessor especial da Presidência, por indicação de Aloysio Nunes Ferreira, recém-eleito senador por São Paulo. De acordo com a revista IstoÉ, familiares de Paulo Preto chegaram a emprestar R$ 300 mil para Nunes, quantia usada pelo novo senador para quitar o apartamento onde vive. No governo paulista, Souza foi responsável pelo pagamento a empreiteiras contratadas para construir o trecho sul do Rodoanel, que custou R$ 5 bilhões; a expansão da Avenida Jacu-Pêssego; e a a reforma da Marginal do Tietê, estimada em R$ 1,5 bilhão. Como governador de São Paulo, Serra nomeou uma filha dele para cargo no cerimonial do seu gabinete.
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