O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirmou nesta quinta-feira (16) que a saída da ministra Erenice Guerra da Casa Civil foi uma solução "política" encontrada pelo Palácio do Planalto para evitar maiores "danos" à campanha da presidenciável do PT, Dilma Rousseff. Erenice deixou o cargo em função de denúncias de tráfico de influência no governo que também envolvem seu filho, Israel.
"A ministra Erenice está sendo afastada por razões políticas. É evidente que o Planalto fez a avaliação de que ela iria causar muitos danos [políticos à campanha de Dilma] ficando lá. Foi uma solução política. Erenice é o braço direito da Dilma. A pessoa de ligação mais consistente com a candidata petista é afastada por irregularidades. Isso é muito grave. Não é uma pessoa qualquer do governo, é uma pessoa escolhida por Dilma", afirmou Sérgio Guerra.
Mais cedo, o próprio presidente do PSDB já havia divulgado nota na qual pedia o afastamento de Erenice em função das denúncias de tráfico de influência publicadas pela revista "Veja" no fim de semana e amplificadas nesta quinta pelo jornal "Folha de S.Paulo". Para Guerra, o governo "foi rápido" ao retirar Erenice do cargo cinco dias após o surgimento das primeiras denúncias. " O fato da Erenice sair do governo é bom. É bastante positivo desde que entre gente boa por lá. Acho que eles foram até rápidos", afirmou Guerra.
O presidente tucano ainda cobrou um posicionamento da candidata do PT, Dilma Rousseff. "Erenice é a ministra que tem DNA da Dilma, que é do sangue da Dilma, e é demitida em 24 horas por denúncias de irregularidades. A Dilma tem que sair da toca. Tem que explicar tudo. Ou ela não tem nada a ver com a Erenice? Ela não tem nada a ver com nada, mas com a Erenice ela não tem também?", questionou Guerra.
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