O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse nesta quarta-feira (22) que "interesses eleitorais" estão por trás da paralisação registrada no dia anterior no metrô de São Paulo.

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A pane atingiu pelo menos 150 mil usuários da linha 3-vermelha, a mais movimentada do sistema, e provocou lentidão dos trens e quebradeira de vagões por passageiros, por vandalismo e para escape por janelas.

Após evento de campanha na capital paulista, Serra, que governou São Paulo até março deste ano, repetiu a versão oficial do Metrô para o problema e acrescentou que o episódio "parece algo provocado".

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"O que eu vi ontem foi um acidente. Alguém não deixou fechar uma porta, aí as pessoas ficam com medo, apertam um botão aqui e acolá e geram problema. Eu não tenho provas, mas me pareceu algo provocado, porque nessa véspera de eleição os acidentes estão se multiplicando. É muito estranho, não corresponde à media do ano", afirmou o tucano, que, no Dia Mundial Sem Carro, utilizou o metrô para chegar ao evento de campanha, na Zona Norte de São Paulo.

Segundo o Metrô, houve detecção de uma blusa presa em um vagão quando o trem estava em movimento. Usuários pressionaram botões de emergência para abrir portas e o Metrô disse ter cortado a energia para que usuários não fossem eletrocutados ao caminhar sobre as linhas, o que interrompeu o trajeto e a ventilação em outros trens.

"Não tenho dúvida de que há interesses eleitorais por trás", afirmou Serra, repetindo hipótese ventilada no dia anterior por Soninha Francine (PPS), a coordenadora de sua campanha na internet.

Soninha sugeriu, pelo Twitter, a possibilidade de sabotagem no sistema. "Metrô tem problemas na proporção direta da proximidade com a eleição. Coincidência? #SABOTAGEM #valetudo #medo", escreveu, motivando críticas de usuários do microblog.

Desde maio, há registro de ao menos seis episódios de falhas no Metrô e na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

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Críticas à gestão federal na SaúdeEm encontro com profissionais de saúde, Serra enumerou críticas à atuação do governo Luiz Inácio Lula da Silva no setor. Disse que a gestão do PT "praticamente abandonou" as Santas Casas e apontou "preconceito" do partido em relação a hospitais privados.

"O SUS [Sistema Único de Saúde] está de joelhos", disse o tucano. Serra afirmou ainda que o governo federal reduziu em 10% sua participação nas despesas de saúde, o que, segundo ele, "jogou mais coisas nas costas de municípios e dos estados, que não têm condição de arcar com todos os problemas que o governo federal foi transferindo".

O tucano afirmou que a gestão do PT cortou programas especiais para Santas Casas e congelou a remuneração para cirurgias no SUS. Prometeu investir R$ 15 bilhões no setor e resolver a questão do endividamento das Santas Casas.