O candidato à presidência da República pelo PSDB, José Serra, voltou a falar sobre a quebra de sigilo de dados fiscais de pessoas do seu partido. "Não tenho dúvida nenhuma que o PT está envolvido. Esse é o DNA do PT", afirmou, referindo-se à quebra de sigilo de dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge. De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o analista tributário Gilberto Souza Amarante, que acessou os dados de Eduardo Jorge, é filiado ao PT desde 2001.
Serra evitou partir para o confrontou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ontem afirmou que o candidato tucano faz um "jogo rasteiro" ao "colocar a família como vítima". Na série de críticas a Serra, Lula afirmou que o programa do candidato "está pesado, rasteiro. É próprio de quem não sabe nadar, cair na água, e ficar se batendo até morrer afogado", afirmou o presidente ontem. Perguntado sobre as afirmações de Lula no dia anterior, o candidato tucano disse que quem teria que vir a tona e debater seria a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff. "A Dilma fica na sombra do Lula na campanha e agora no debate. Está mais do que na hora da Dilma se manifestar", disse em entrevista à imprensa na saída do Museu da Língua Portuguesa na região da Luz, no centro de São Paulo.
Aproveitando a visita ao museu, Serra afirmou que o modelo deveria ser replicado para outras capitais do Brasil. "O Museu da Língua Portuguesa é um lugar onde a pessoa adquire mais cultura, aprende mais sobre o idioma e aprende de uma forma divertida", afirmou.
Indagado se os outros museus também seriam em parceria com a Fundação Roberto Marinho, Serra afirmou que poderiam ser e citou como exemplo um outro caso que considera de sucesso: o museu do futebol. "É o melhor museu de futebol do mundo. Isso eu tenho escutado até de representantes da Fifa", disse.
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