Serra e Marina ligam petista a escândalo

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Os dois principais adversários da ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff na corrida à presidência da República voltaram a atacá-la ontem, transformando em munição eleitoral o suposto esquema de corrupção que envolve a pasta que era ocupada pela candidata petista. Em São Paulo, o candidato a presidente pelo PSDB, José Serra, disse que Dilma "é cumplice" ou, "como dirigente, não é capaz". "Não há uma terceira hipótese", afirmou. Em Porto Alegre, Marina Silva, do PV, disse que pretende manter a política econômica e a social do atual governo, mas não será "complacente" com seus erros, referindo-se aos últimos escândalos envolvendo vazamento de dados da Receita Federal e o caso Erenice Guerra.

Sem capacidade

Se Dilma desconhecer o "esquema que dura quatro, cinco, seis ou sete anos" estando à frente da Casa Civil, "então ela não tem capacidade de dirigir", insistiu Serra. Ele negou considerar-se derrotado nas urnas, como sugeriu Dilma. Questionado se é possível reverter os resultados das pesquisas de intenção de voto que apontam vitória da candidata petista à Presi­dência duas semanas antes das eleições, respondeu que "não há o que reverter". "A partida é para ser jogada em 3 de outubro, não é um campeonato", acentuou.

Serra participou de caminhada na bairro de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, acompanhando pelo candidato ao governo do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Ele defendeu a construção de escolas e equipamentos públicos que transformem regiões pobres em bairros estruturados como estratégia de desenvolvimento social.

Marina compareceu a um acampamento farroupilha, no tradicional encontro anual de cultura gauchesca realizado em Porto Alegre. Ela voltou a dizer que acredita que chegará ao segundo turno para disputar a eleição com Dilma Rousseff (PT). "O que existe nas ruas é muito maior do que mostram as pesquisas. É um movimento que vai nos levar ao segundo turno."

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