Durante comício no Rio, Serra critica "escândalos" do PT
Com um discurso cheio de ataques ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, encerrou no início desta tarde o ato de campanha na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O candidato citou escândalos recentes do governo e disse que há uma "justiça dos companheiros, que é mais lenta". "Precisamos de um governo que tenha caráter, que se traduza na verdade e na honestidade", discursou o tucano.
"Chega de escândalos. Fica até difícil recapitular, são três ou quatro por semanas", completou. Serra citou como exemplo o caso conhecido como "dos aloprados", em que petistas foram acusados de produzir um dossiê na campanha de 2006: "Os aloprados, essa coisa toda, e ninguém na cadeia até hoje". O candidato seguiu para o aeroporto Santos Dumont, onde embarca para São Paulo.
"Foi uma manifestação espetacular", comentou o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, sobre o comício na praia de Copacabana, no Rio, realizado na manhã e início da tarde de hoje. Serra embarcou há pouco para São Paulo, no aeroporto Santos Dumont, acompanhado do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Também estiveram na orla da zona sul carioca o ex-governador Aécio Neves (PSDB), o ex-presidente Itamar Franco (PPS) - ambos eleitos senadores por Minas Gerais - e os governadores eleitos Antonio Anastasia (PSDB), de Minas, Beto Richa (PSDB), do Paraná, e Rosalba Ciarlini (DEM), do Rio Grande do Norte.
O temido confronto entre petistas e tucanos, depois da briga generalizada ocorrida na quarta-feira passada, não aconteceu. Simpatizantes de Serra ocuparam a orla sem problemas. Por causa da dificuldade de transitar na pista da praia que fica fechada para lazer aos domingos, Serra desistiu da caminhada prevista inicialmente e fez campanha em cima de um carro de som.
No discurso, Serra elogiou Itamar Franco e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, pela "dignidade" com a qual se comportaram em eleições passadas, quando eram presidentes. "O presidente Fernando Henrique não cometeu nenhuma transgressão. Conduziu com dignidade, não foi além de declarar o seu voto (na campanha presidencial de 2002). Hoje nós vemos o contrário: o governo deixado de lado para se encarnar em um partido, em uma candidatura", discursou Serra. O tom dos discursos dos aliados seguiu a linha de defesa da ética e do fim da corrupção.
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