Na tentativa de diminuir a vantagem que a petista Dilma Rousseff ainda sustenta nas pesquisas de intenção de voto, a campanha do tucano José Serra levou nesta quarta-feira (20) para o horário eleitoral gratuito a ideia de que "ela não vai dar conta", se assumir a Presidência da República.
Os tucanos mostraram recortes de jornais de 1988 que abordam a crise financeira da prefeitura de Porto Alegre e culparam a petista pelo caos na administração municipal. "Encontrei a Secretaria Municipal da Fazenda em completa desordem", afirma Olívio Braga, que sucedeu Dilma na pasta. "Atribuo à incompetência mesmo", completa.
Nos primeiros minutos do programa, a campanha mostrou a biografia política de Serra e ressaltou que o candidato, nos cargos que ocupou, deu continuidade aos projetos em vigor, mesmo sendo de outros partidos. "O Serra consertou o que estava errado e deu continuidade", afirmou o locutor ao mencionar a gestão de Serra na Prefeitura de São Paulo. "Na minha vida inteira eu dei continuidade às coisas", reforçou o tucano.
Serra prometeu manter os programas sociais do governo Lula - como o Bolsa-Família e o Programa Universidade Para Todos (ProUni) - e investir em obras de infraestrutura. O que não pode continuar, segundo Serra, são "os escândalos, o desvio de dinheiro público, as invasões de terra". No final, o programa destacou que Serra "cresce nas pesquisas e vence o debate" e que o tucano tem o apoio de artistas e dos eleitos em 3 de outubro, como o governador paulista Geraldo Alckmin, o governador mineiro Antonio Anastasia e o senador Aécio Neves.
Dilma
Já a campanha do PT explorou a questão da privatização e apresentou Dilma como "a presidente que não vai privatizar nem a Petrobras nem o pré-sal". Segundo a campanha, os recursos gerados com a exploração da camada pré-sal serão investidos na área social. "Essa riqueza não será privatizada e não ficará nas mãos de poucos", prometeu a candidata.
O programa da tarde de hoje destacou as mudanças sociais nos últimos anos, comparou os "avanços" do governo Lula ao governo Fernando Henrique Cardoso e enfatizou que o País pode eliminar a miséria nos próximos quatro anos. "Eu tenho a chance de consolidar esse processo", disse. Com seu "olhar social", Dilma defendeu a importância da continuidade dos projetos do governo Lula para garantir a construção de um Brasil "socialmente justo" prometeu investimentos em infraestrutura, transportes e habitação, e uma atenção especial à saúde, educação e segurança pública.
No final, a campanha voltou a apresentar o depoimento de artistas e apoiadores, de seu vice de chapa, o deputado Michel Temer (PMDB), e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Tá na hora de escolher entre o Brasil que deu errado e o Brasil que deu certo", disse o presidente.
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