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O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, enfrenta um grande desafio até o final deste mês, na avaliação de especialistas na área política: barrar o crescimento de sua adversária Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de intenção de voto para evitar que a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva possa faturar a eleição já no primeiro turno. De acordo com o especialista em pesquisa eleitoral Sidney Kuntz, passados os dez primeiros dias de exibição do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV - que começa no dia 17 - o eleitor já não terá um fato novo para alterar o voto. "Portanto, se nesse período as pesquisas continuarem apontando para o crescimento de Dilma, a eleição poderá ser definida pela petista no primeiro turno", avalia Kuntz.

Apesar de não citar um período específico para o tucano reverter a tendência de crescimento de Dilma nas pesquisas de intenção de voto, o cientista político Humberto Dantas, conselheiro do Movimento Voto Consciente, também não descarta a hipótese de ocorrer neste pleito a chamada 'onda' em favor de quem está na frente e a eleição ser definida no primeiro turno. "O resultado da pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje (que aponta uma vantagem de Dilma sobre Serra de dez pontos porcentuais) acaba corroborando a teoria de que o eleitor vota mesmo com o bolso, que a lógica econômica se sobrepõe num pleito nacional. Como a população está satisfeita pelo bom desempenho da economia, a candidata da situação leva vantagem", destaca Dantas.

Na avaliação do cientista político e pesquisador da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, Marco Antonio Carvalho Teixeira, a vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno não pode ser descartada. Contudo, ele alerta para o fato de que boa parte do porcentual de eleitores ainda indecisos - que aguardam um debate mais qualificado para definir o voto - pode ser um ponto favorável para o tucano José Serra. "Porém, o tucano precisa melhorar o ritmo de sua campanha para convencer esse eleitorado", destaca Carvalho Teixeira. O pesquisador afirma também que as últimas pesquisas de intenção de voto apontam para a polarização entre Dilma e Serra, "mas com vantagem para Dilma, que vem numa curva de crescimento ascendente e num cenário não volátil".

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