Qual é a sua análise sobre a suspensão das pesquisas?

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Acho que é um ato injustificável, até porque o Datafolha usa no Paraná a mesma metodologia dos demais estados e que sempre utilizou em todas as pesquisas que fez nos anos anteriores. Impugnação não faz sentido até porque o Datafolha registra todas as informações exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ao analisar o registro da pesquisa, a Justiça entendeu que não era apresentada a ponderação (correção) para possíveis erros com relação ao nível de escolaridade e renda do eleitorado. Ainda de acordo com a Justiça, sem a correção corria-se o risco de retratar uma amostra que não refletisse as características de todo o eleitorado do Paraná.

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As questões técnicas são de responsabilidade do corpo técnico do Datafolha. O Datafolha sempre zela para que suas amostras sejam representativas do total do eleitorado. Se o Datafolha utilizasse dado de escolaridade do TSE poderia aí sim incluir viés na amostra, porque são dados defasados.

O juiz Nicolau Konkel Júnior argumentou que é preciso usar dados confiáveis e apresentá-los. Ele citou o fato de que a última pesquisa Ibope registrada traz corretamente dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), referentes à renda e escolaridade do eleitor.

Mesmo os números da Pnad são relativos sempre a totais dos estados e a amostra exige que tenhamos números relativos a municípios para que se monte uma amostra de fato representativa. Essas questões técnicas são de responsabilidade dos estatísticos. E os estatísticos do Datafolha garantem que as amostras são representativas do total do estado.

O juiz alega que o Datafolha insistiu em registrar uma pesquisa com os mesmos erros que haviam sido apontados por ele. Qual a sua posição?

A metodologia utilizada é a mesma utilizada nos demais estados. Não houve impugnação em nenhum outro local a não ser no Paraná.

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O Datafolha registrou nova pesquisa no dia 27 de setembro. Esta pesquisa vem com as mesmas características das anteriores?

Sim.

Não corre-se o risco de o Judiciário questionar a metodologia pela 3ª vez?

Acredito que tanto os questiona­­­mentos anteriores quanto os atuais e possíveis futuros são infundados.

O eleitor sai prejudicado com a suspensão?

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O eleitor fica exposto apenas aos boatos sobre resultados de pesquisa e os resultados reais ficam restritos a apenas aos partidos políticos.

O cenário muda bastante desde a divulgação da última pesquisa, no dia 16 de setembro?

Muda bastante. O último resultado do Datafolha está ultrapassado. Não é possível considerar o último resultado como atual.

A divulgação de pelo menos cinco pesquisas já foi suspensa no estado. Como o senhor vê isso?

Eu considero censura. Censura à informação, censura ao direito que o eleitor tem de livre acesso à informação.

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