O candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff (PT) à Presidência deputado e presidente do PMDB, Michel Temer, disse neste domingo (22) que num regime de governo presidencialista, quem distribui os postos no Ministério é o presidente. "Neste caso, presidenta", observou ele, negando que o PMDB já tenha dividido o governo meio a meio com o PT em troca de apoio a Dilma. "Pode ser que o PMDB venha a ocupar cargos e ministérios, mas não existe essa coisa de dividir governo", afirmou. "O que pode acontecer é a presidente escolher um ou outro nome do PMDB e também dos outros partidos aliados".

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Temer cumpriu compromissos de campanha no Rio neste domingo. Pela manhã, participou de um encontro com líderes evangélicos em Campo Grande. Depois, foi a um almoço com a comunidade árabe, no Clube Monte Líbano, na Lagoa. Ali, falou que o PMDB fez apenas duas exigências para fazer a aliança com o PT: "No protocolo que firmamos em outubro do ano passado, estava escrito que o vice seria do PMDB e que o programa de governo teria participação do partido, como tivemos. Neste momento, estamos juntando nossas propostas, para ter um programa de governo único."

O deputado disse ainda que a cúpula do PMDB não está insatisfeita com a participação que teve no governo Lula, tampouco com a escolha dos peemedebistas que fizeram parte do Ministério. "Todos os ministros que estava lá eram do PMDB e agiram em nome do partido para colaborar com o governo", enfatizou ele, que comentou ainda as recentes pesquisas de intenção de voto que mostram o crescimento da vantagem de Dilma sobre o tucano José Serra. "Nós temos que ter cautela e não podemos nos entusiasmar com um índice muito alto, o que poderia até nos prejudicar."

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