O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (13), em Itajaí (SC), que em ano de eleição "aparecem todas as denúncias do mundo". Neste final de semana, uma reportagem publicada pela revista "Veja" diz que o assessor da Secretaria-Executiva da Casa Civil, Vinícius de Oliveira Castro, teria beneficiado empresas com contratos do governo. Na tarde desta segunda, Castro pediu exoneração do cargo. Sem citar diratemente o caso, Lula disse que as "denúncias acabam" com o fim das eleições.
"Ano de política é sempre um ano diferenciado. É sempre um ano em que aparecem todas as denúncias do mundo. É sempre um ano em que terminam as eleições e as denúncias acabam. É sempre um ano complicado. Eu vivo isso há muito tempo, porque todo mundo sabe, eu já fui candidato muitas vezes, eu já perdi três eleições diretas", disse o presidente.saiba mais
Ao inaugurar as obras do berço de dragagem do Porto de Itajaí, em Santa Catarina, que foi destruído pelas chuvas em novembro de 2008, o presidente ainda afirmou que aprendeu a não transformar as denúncias em motivo de ódio.
"Eu aprendi a não fazer disso [denúncias] um motivo nem de ódio nem de dizer inverdade", afirmou. O presidente disse ainda que não há nada "pior em política que a falta de sinceridade".
"Não foi fácil chegar aonde nós chegamos. Não tem coisa pior em política do que a falta de sinceridade, companheirismo, a falta de lealdade, e a gente leva na verdade é a amizade que a gente construiu, é o direito de chegar na rua e cumprimentar as pessoas, dizer bom dia, boa tarde, chamar de companheiro."
Em um rápido discurso de pouco mais de dez minutos, o presidente rebateu críticas de que o governo federal não havia feito investimentos em Santa Catarina, após o estado ser atingido pelas fortes chuvas de 2008. A previsão é que a segunda parte das obras do berço do porto estejam concluídas até outubro desde ano.
"Vira e mexe eu recebo jornais, colunas e vejo um engraçadinho dizer que não veio para cá [Santa Catarina] o dinheiro emergencial. Não é justo comigo isso, não é justo com o governo. Pergunte para qualquer governador, qualquer cidade. Aqui começaram a dizer que o dinheiro das enchentes de Santa Catarina foi para a Bahia. Não é correto com a relação que eu mantenho com Santa Catarina, com os prefeitos, senadores e deputados. O que eu sabia era que esse estado precisava de ajuda e o governo federal fez", afirmou.
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