O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) descartou nesta terça-feira (26) pedir reforço do Exército e da Força Nacional de Segurança (FNS) para as eleições de domingo no Estado. A solicitação foi feita na semana passada pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB) e pela coligação do candidato a governador Neudo Campos (PP), alegando que em localidades do interior, sobretudo nas aldeias indígenas, teria ocorrido compra de votos e boca de urna no primeiro turno por falta de policiamento.
"Houve crime eleitoral de maneira tão clara que se viam pessoas entregando dinheiro abertamente. Ficou escancarada a derrama de dinheiro e não podemos aceitar isso. Roraima foi o estado onde mais se apreendeu dinheiro", afirmou o senador. Para o presidente do TRE-RR, Ricardo Oliveira, há efetivo suficiente das forças de segurança no Estado, compostas por homens da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar (PM), Polícia Civil e Guarda Municipal de Boa Vista.
"Apenas cinco pessoas foram presas em todo o Estado durante o pleito, não houve nenhum incidente digno de registro, apenas pequenas discussões em alguns locais de votação", informou o desembargador, lembrando que a PF já recebeu reforços de cinco delegados e vinte agentes para combater crimes eleitorais.
"Isso sim é importante para a tranquilidade das eleições", disse. "Nestes aspectos criminais, as forças federais não iriam colaborar, pois são utilizadas somente para situações de convulsão social", explicou.
Oliveira afirmou ainda que notificou a PM para refazer o plano de segurança e destacar agentes para as localidades que ficaram sem policiamento no primeiro turno. Segundo ele, esta é a terceira eleição realizada em Roraima sem tropas federais nas ruas, exceto na logística. O Exército é o responsável pelo transporte das urnas para localidades remotas, como comunidades indígenas e o Baixo Rio Branco. Os militares realizam o trabalho em helicópteros.