O encerramento oficial do trabalho dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) na análise de 22.567 candidatos nas eleições de outubro mostra que, ao todo, 242 nomes foram barrados pela Lei da Ficha Limpa, o que corresponde a 44,5% daqueles que tiveram o registro impugnado pelas Procuradorias Regionais Eleitorais (544). Os dados se referem a levantamento divulgado nesta sexta-feira (10) pelo site Congresso em Foco, com base em informações dos tribunais regionais. Dos candidatos vetados, 20 já deixaram a disputa e o restante deve recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os considerados "fichas sujas" pela Justiça Eleitoral estão distribuídos em 24 Estados, com destaque para São Paulo (39) e Ceará (29). Um dos casos paulistas é o do deputado federal Paulo Maluf (PP), que teve o registro de candidatura vetado por conta de uma condenação pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) por superfaturamento na compra de frangos em 1996, quando era prefeito da capital do Estado. A defesa do candidato já recorreu ao TSE.
Outro Estado com alto número de indeferidos é Rondônia (24), que barrou a candidatura, por exemplo, de Expedito Junior (PSDB), candidato ao governo. O tucano recorre tanto no TSE como no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo maior colégio eleitoral, Minas Gerais teve 15 registros negados, seguido por Paraíba (12), Goiás (11), Rio de Janeiro (11) e Acre (9). O prazo para o TSE concluir a análise dos pedidos de candidatura era 19 de agosto. O atraso no julgamento de algumas cortes estaduais, como São Paulo, fez com que o limite fosse estendido. Ainda falta ser julgada pelos tribunais regionais a situação de 108 candidatos, a maior parte deles em grau de recurso.
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