Por unanimidade, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram nesta quinta-feira (12) liberar o uso de imagem e voz de presidenciáveis e militantes em programas eleitorais de partidos com coligações diferentes na disputa regional, desde que as legendas sejam aliadas em âmbito nacional.

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Isso quer dizer que, por esse critério, na Bahia, por exemplo, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, poderá participar da propaganda de dois candidatos adversários na disputa pelo governo estadual: Jacques Wagner (PT) e Geddel Vieira Lima (PMDB). Isso porque os dois partidos integram a aliança nacional que sustenta a candidatura da ex-ministra.

A propaganda eleitoral no rádio e na TV começa no dia 17 de agosto e vai até 30 de setembro.

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A decisão do TSE foi uma resposta à consulta feita pelo senador Marconi Perillo (PSDB-GO). No final de junho, em resposta a outra consulta feita pelo PPS sobre o mesmo assunto, o TSE causou controvérsias ao sugerir a limitação da participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos candidatos à Presidência em campanhas de aliados nos estados que fossem de partidos rivais na disputa nacional.

Os ministros decidiram cancelar a publicação da primeira definição até que esta nova consulta fosse examinada e o assunto pudesse ser revisto pelo plenário.

O TSE, no entanto, não se pronunciou na sessão desta quinta sobre casos como o do Rio de Janeiro, onde o PV, partido do candidato ao governo Fernando Gabeira, está coligado com o PSDB - as duas legendas são rivais na disputa nacional.

Como a decisão anterior do tribunal não foi publicada, em tese, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, e o presidenciável do PSDB, José Serra, poderiam participar da propaganda de Gabeira.

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