Sob o título "Domingo, bom Dilma", a coluna semanal do presidente do Senado, José Sarney (PMDB), publicada na manhã deste domingo (30) no jornal O Estado do Maranhão, pediu votos à presidenciável Dilma Rousseff (PT), teceu elogios à petista e críticas à campanha de José Serra (PSDB).
Sarney conclamou o voto dos eleitores maranhenses afirmando que "votar em Dilma é votar em Roseana. Duas mulheres competentes, capazes, que irão juntas fazer um governo de inovações e progresso". "Lula, o operário, fez um grande governo, incorporou o povo nos dividendos do desenvolvimento, mudou a sociedade brasileira e Dilma vai continuar esse trabalho, olhando para nossa região e para o nosso povo. Amiga de Roseana, trabalhando junto com ela como líder do governo no Congresso, abre-se um grande momento para o Maranhão", projetou o presidente do Senado.
Em seu texto dominical, Sarney criticou José Serra, alegando que ele não tem conhecimento dos problemas nacionais e que a vitória do tucano seria o retorno da "falta de perspectivas que tínhamos antes do governo Lula". "Dilma deu um banho de conhecimento, mostrou que conhecia muito mais os problemas nacionais, que tinha uma visão de Brasil mais completa e que a proclamada competência do Serra não passava do Restaurante Fasano, dos granfinos da plutocracia paulista", alfinetou o presidente do Senado.
O presidente do Senado ainda complementou. "Seus primeiros programas (eleitorais de José Serra) eram como se fossem para a reeleição ao governo de São Paulo, tal era o enfoque exclusivo que dava às obras que tinha executado em seu Estado. Era assim, sem direito a contestação, mesmo que sua candidatura fosse à presidência do Brasil e não ao governo da "Pauliceia Devairada" do nosso Mário de Andrade"
As recentes declarações de José Serra sobre os projetos de construção de refinarias no Nordeste da Petrobras também foram alvo de críticas de José Sarney. Em debates, o tucano declarou que as refinarias que a estatal planeja construir no Nordeste, entre as quais uma no Maranhão, ainda não saíram do papel. "Em relação ao Maranhão, não só defendeu a tese de que não se devia fazer refinarias no Nordeste, como afirmou que a do Maranhão não saiu do papel, desconhecendo que a área já foi desmatada, já possui a autorização ambiental, já foi aberta a concorrência para a terraplenagem", declarou Sarney.
José Sarney pontuou em sua coluna que as eleições de hoje são "excepcionais na história do Brasil". "Pela primeira vez temos uma mulher concorrendo competitivamente à Presidência da República. Esse fato que pode parecer normal, sem conotação maior, constitui, no entanto, um avanço da ascensão política da mulher, vitimada pela discriminação e pela desigualdade em relação ao homem, que até hoje marcam a história da humanidade", destacou.
Citando os mais de 100 anos da história republicana, Sarney exaltou o fato do presidente Lula ter escolhido Dilma Rousseff como sua sucessora. "Ninguém pense que Lula indicou Dilma por indicar um correligionário, mas o fez sabendo que estava praticando um ato histórico habilitando uma mulher a comandar o País", disse. "Não o fez somente por ser mulher, mas para mostrar a competência das mulheres, seus predicados de inteligência, de talento e de qualificação"', ressaltou o pemedebista.
No Maranhão, a governadora Roseana Sarney (PMDB) é a principal cabo eleitoral de Dilma Rousseff. Tanto que até "emprestou" a marchinha adotada na sua campanha ao governo do Estado, "O Arrastão do 15", para a campanha da petista. Quando votou neste domingo em São Luís, Roseana declarou que pretendia comemorar a vitória de Dilma em Brasília, caso a petista vencesse o segundo turno.
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